Rafael Correa: "A Unasul se levanta como potência da paz”

Na localidade conhecida como a Metade do Mundo, em Quito, a União de Nações Sul-americanas (Unasul) se projeta ao mundo, afirmou nesta sexta-feira (5) o presidente do Equador, Rafael Correa, ao considerar que o processo de integração regional já se tornou irreversível.

UNASUL - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Ao abrir a Cúpula de chefes de Estado com a qual se inaugura a nova sede do bloco, Correa disse que se trata de uma reunião histórica realizada num lugar simbólico, a latitude zero que marca geograficamente o centro do planeta.

Aqui os povos ancestrais adoravam o deus Sol e festejavam suas colheitas, enquanto hoje, desde este mesmo lugar, estamos construindo a pátria grande e nova, uma pátria para todos, indicou.

Antes de iniciar a sessão privada dos mandatários, Correa ressaltou que a Unasul empunha a bandeira dos mais elevados valores humanistas, como a paz, a solidariedade, a justiça, a soberania e os esforços voltados para a construção do bem-viver para os cidadãos.

"A Unasul se levanta como potência, mas como uma potência de paz", defendeu, acrescentando que a região deve resolver em paz todos os seus conflitos internos e buscar a solução das necessidades básicas das populações.

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Nesse sentido, o chefe de Estado equatoriano considerou que a verdadeira paz só pode sustentar-se na justiça, e contudo a região ainda é a mais desigual do mundo.

Correa também considerou um desafio conseguir a integração energética regional, e afirmou que é urgente que os recursos financeiros da América do Sul deixem de financiar o primeiro mundo e retornem para consolidar o desenvolvimento endógeno.

O mandatário instou a trabalhar para que no futuro os avanços da região não dependam exclusivamente dos recursos naturais, mas do talento humano, que é um recurso infinito.

Sobre o funcionamento da Unasul, ratificou a necessidade de revisar algumas questões, como a tomada de decisões por unanimidade e não por maioria dos países membros.

De acordo com o mandatário, isso dificulta a capacidade de avançar e por essa razão se deve rever o critério, em nome da eficiência, e conseguir realizar ações concretas em favor dos povos.

Do Portal Vermelho, com Prensa Latina