Movimentos sociais pedem cassação do mandato de Bolsonaro

Os movimentos sociais entendem que esta foi uma declaração criminosa e o deputado deve ser punido como tal. “Consideramos essa declaração criminosa. É inadmissível que um parlamentar tenha tal conduta, assumindo publicamente a capacidade de estuprar uma mulher, encorajando aqueles que cometem esse crime hediondo. Nenhuma mulher merece ser estuprada!”, diz a nota.

As entidades destacam a luta feminina para combater a cultura de estupro e ressaltam que os índices deste crime no Brasil são “assustadores”. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada dez minutos uma pessoa foi vítima de estupro em 2013, quando foram registrados 50.320 casos, 96 a mais que em 2012.

“Bolsonaro é conhecido por suas declarações fascistas, xenofóbicas, racistas, homofóbicas e machistas. Portanto, não podemos naturalizar a reprodução das opressões no Congresso Nacional, espaço que deveria combatê-las”, afirmam.

Frente a essa situação, os movimentos sociais e feministas pedem que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados “tome as providências cabíveis e e encaminhe ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a abertura de um processo de cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro e perda de seus direitos políticos”.

Em solidariedade à deputada Maria do Rosário, assinam a carta as seguintes entidades: UBM (União Brasileira de Mulheres), MMM (Marcha Mundial das Mulheres), AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras), UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos), UJS (União da Juventude Socialista), JPT (Juventude do PT), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Unegro (União Nacional dos Negros e Negras pela Igualdade), Nação Hip Hop Brasil, Liga do Funk e Fora do Eixo.

Do Portal Vermelho