Comunistas no governo ampliam acumulação de forças do PCdoB no estado
Mais uma vez o PCdoB de Pernambuco é chamado a ocupar espaços importantes no governo do estado. Na tarde desta segunda-feira (15), o governador eleito Paulo Câmara anunciou a indicação do camarada Marcelino Granja para ocupar a secretaria estadual de Cultura, bem como da camarada Márcia Souto para presidir a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Publicado 16/12/2014 14:39 | Editado 04/03/2020 16:55

A Fundarpe é um órgão vinculado à Secretaria estadual de Cultura, que tem como objetivo principal a promoção, o apoio, o incentivo, a preservação e a difusão das identidades e produções culturais de Pernambuco.
Com a indicação de deputados federais eleitos este ano para ocupar cargos no novo governo, o camarada Carlos Eduardo Cadoca, que ficou na suplência da Frente Popular na eleição de outubro passado, assumirá uma das vagas, ampliando a presença comunista no Congresso Nacional.
As indicações para os cargos no Executivo estadual, bem como o aumento da bancada comunista na Câmara Federal ampliam a participação institucional e a atuação política do PCdoB, constituindo-se em um importante instrumento de acumulação de forças, sem perder de vista o fortalecimento da participação democrática do povo e da luta de ideias.
Perfis
Marcelino Granja de Menezes (secretário de Cultura)
Marcelino Granja é engenheiro civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Iniciou sua militância política no movimento estudantil. É servidor concursado da Receita Federal, onde chefiou a Agência do órgão em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Na gestão do ex-governador Miguel Arraes, foi diretor de Operações do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM).
Entre 2000 e 2008, ocupou o cargo de secretário da Fazenda/Administração e, posteriormente, de Governo nas gestões da ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos, colocando sua experiência pessoal e profissional a serviço da cidade. Em 2009 foi secretário da Fazenda e Administração, no primeiro governo do prefeito Renildo Calheiros. No mesmo ano, foi requisitado para retornar aos quadros da Receita Federal.
Em janeiro de 2011, assumiu a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, de onde se desligou em abril de 2014 para concorrer ao mandato de deputado estadual. Durante três anos e três meses conduziu as ações e programas da política estadual para o setor de CT&I, com destaque para a inovação tecnológica e científica; a interiorização do ensino superior; a ampliação e estruturação dos parques tecnológicos; bem como a implementação de programas como o Programa Pernambucano de Inclusão Sociodigital – Conexão Cidadã, que levou telefonia móvel e acesso à internet para vilas e povoados do interior do estado; Proupe – Programa Universidade para Todos em Pernambuco, que garante 12 mil bolsas estudos de educação superior para alunos das autarquias municipais de ensino, além do fortalecimento da Fundação de Amparo à Ciência de Pernambuco (Facepe).
Márcia Maria da Fonte Souto (presidente da Fundarpe)
Márcia Souto é assistente social e servidora concursada do Tribunal Regional Federal da 5ª região. Entre 2000 e 2008, no governo da ex-prefeita Luciana Santos, foi Chefe de Gabinete, secretária-executiva e, posteriormente, titular da Secretaria de Patrimônio e Cultura. Foi secretária dessa mesma pasta no primeiro governo do prefeito Renildo Calheiros (2009-2012). Desde janeiro de 2013 é titular da pasta de Educação de Olinda.
Carlos Eduardo Cadoca (deputado federal)
Cadoca é advogado e está na Câmara dos Deputados desde 1999. Antes de ingressar no PCdoB, em 2013, foi filiado ao PMDB e ao PSC. Entre 1999 e 2002, foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esporte de Pernambuco. Em 2004 disputou a Prefeitura do Recife e perdeu para João Paulo (PT). Quatro anos depois, voltou a concorrer ao cargo, perdendo para João da Costa (PT). Na eleição deste ano obteve 41.226 voto, ficando na suplência da Frente Popular de Pernambuco encabeçada pelo PSB do governador eleito Paulo Câmara.
Do Recife,
Audicéa Rodrigues