Novo secretário de cultura fala em "manter e ampliar conquistas"
Marcelino Granja, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do estado, se reúne nesta sexta-feira como o atual gestor da pasta, Marcelo Canuto, para tratar da transição
Publicado 16/12/2014 14:59 | Editado 04/03/2020 16:55
Secretariado foi apresentado pelo governador eleito, Paulo Câmara. Crédito: Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.
O futuro secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, anunciado ontem pelo governador eleito, Paulo Câmara, pretende "manter e ampliar as conquistas" na área tocada até o fim do ano por Marcelo Canuto.
Em entrevista à repórter Julia Schiaffarino, do Diario, ontem, durante a solenidade no Praia Hotel, no Pina, ele evitou detalhar as prioridades à frente da pasta, mas enfatizou a necessidade de continuar a política de financiamento à produção cultural e artística pernambucana nos moldes da gestão atual. "Amanhã (terça-feira), me encontro com Marcelo (Canuto) para falar do legado, que avançou muito no financiamento, na efetivação real dos fundos, na institucionalização do sistema", observou.
O futuro gestor da pasta salientou a importância de manter Pernambuco como indutor de manifestações culturais capazes de contagiar o país. "Vamos trabalhar focado para fortalecer a nossa identidade cultural e o peso do estado na formação da cultura brasileira, apoiar o ato de fazer cultura, democraticamente".
O gestor adiantou a substituição de Severino Pessoa por Márcia Souto na presidência da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Ela exercia o cargo de secretária de Cultura da Prefeitura de Olinda.
Marcelino Granja é engenheiro civil e analista da Receita Federal. Ele compõe o secretariado de Paulo Câmara na cota do PC do B, partido ao qual é filiado desde 1980. O site do partido registra o interesse do novo secretário no assunto em pelo menos uma oportunidade neste ano: em julho, durante a pré-campanha eleitoral, ele se reuniu com artistas e produtores do Recife e de Olinda, na Boa Vista, centro da capital, para debater os rumos do setor no estado. Aos presentes, teria elogiado o incentivo concedido pelo estado às produções cinematográficas através da linha de financiamento exclusiva da Lei do Audiovisual: "Essa lei trouxe investimentos para produção de obras cinematográficas, além de contribuir também para a infraestrutura de produção e exibição".
A experiência administrativa em cargos públicos registra passagem como secretário da Fazenda e Administração de Olinda, durante a gestão de Luciana Santos – um dos nomes aventados para assumir o Ministério da Cultura – e de Ciência e Tecnologia do estado na gestão Eduardo Campos – cargo do qual se licenciou neste ano para disputar, sem êxito, uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Fonte: Diario de Pernambuco