Cresce rejeição venezuelana aos EUA após assinatura de sanções

A rejeição venezuelana a Washington, crescente após a recente aprovação de um projeto do congresso para punir dirigentes venezuelanos, piorou ao divulgar-se que o presidente estadunidense, Barak Obama, o converteu em lei ao assiná-lo nesta quinta-feira (18).

Maduro convoca protesto contra EUA na Venezuela

O presidente do país, Nicolás Maduro, reagiu contra a aprovação por Obama da norma que estabelece sanções contra servidores públicos venezuelanos vinculados a supostas ações violentas ocorridas no início do ano, que o governo, por sua parte, atribui à extrema direita.

"Obama deu hoje um passo em falso contra nossa pátria, ao assinar as sanções apesar da rejeição nacional e continental", afirmou o chefe de Estado em sua conta no Twitter.

Maduro comentou que, “se por um lado, o chefe da Casa Branca reconhece o fracasso das políticas de agressão e bloqueio contra nossa irmã Cuba, que com dignidade resistiu e venceu, por outro, inicia a escalada de uma nova etapa de agressões à pátria de Bolívar, em meio a total rejeição de nosso povo. Estas são as contradições de um império que pretende impor sua dominação por qualquer via, subestimando a força e consciência da pátria”, considerou o chefe de Estado.

"Por isso repudio as insolentes medidas tomadas pela elite imperial dos Estados Unidos contra a Venezuela", reiterou o governante e acrescentou que “essas tentativas seguirão fracassando; nossa América jamais será de novo colônia de quem quer que seja, assim o juramos, assim será”.

Nesta quinta-feira a notícia sobre a decisão presidencial estadunidense e as declarações de resposta do líder nacional ocorrem em meio a uma atmosfera de oposição de setores governamentais, legislativos, políticos e sociais contra a proposta do Senado do último dia 10 de dezembro e sobre essas novas medidas.

As sanções estadunidenses contemplam a negação de visto a cerca de cem servidores públicos venezuelanos para entrar nos Estados Unidos e o congelamento de bens que esses tenham naquele país.

Fonte: Prensa Latina