Colômbia: Presidente e negociadores analisam processo de paz com Farc
O presidente colombiano Juan Manuel Santos reuniu-se com seus representantes nos diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para avaliar os avanços do processo e os passos seguintes, segundo informações confirmadas neste sábado (3) por fontes ligadas ao governo.
Publicado 03/01/2015 15:08

O encontro foi iniciado nesta sexta-feira (2) na cidade de Cartagena de Índias, com a presença de assessores internacionais. À primeira sessão assistiu o advogado e ex-vice-presidente Humberto de la Calle, chefe da delegação que representa ao executivo nos diálogos, bem como um experiente da Universidade de Harvard, Estados Unidos, ainda que até agora não têm transcendido detalhes das análises.
Tais conversas entre o presidente e a equipe negociadora estão focadas nos consensos conseguidos como resultado dos diálogos com as Farc e nos temas restantes da agenda, considerados cruciais: justiça transicional, fim do confronto, desarmamento, desmobilização e reintegração à sociedade dos guerrilheiros.
Porta-vozes do governo e das Farc, dialogam desde 2012 em Havana para acabar a guerra, prolongada durante mais de meio século. O período bélico deixou até a data 6,8 milhões de vítimas, registro que inclui a 230 mil mortos, deslocados, torturados, sequestrados e desaparecidos.
Tanto Santos como os chefes do movimento insurgente coincidem em que 2015 será o ano decisivo para conseguir a paz mediante os ciclos negociadores, os quais prosseguirão em Cuba.
As partes atingiram já acordos nos pontos de reforma rural integral, participação política e drogas ilícitas.
Em espera da retomada das reuniões na capital cubana, os cidadãos estão atentos aos acontecimentos ao interior do país, depois de que as Farc decretassem um cessar fogo unilateral e indefinido desde o passado 20 de dezembro.
A iniciativa é supervisionada pela Frente Ampla pela Paz, plataforma onde convergem diversas organizações sociais e políticas.
Segundo os ditames do bloco, a medida cumpriu-se até o momento, ainda que líderes do grupo guerrilheiro advertiram que os operativos e movimentos do exército pudessem pôr em risco sua continuidade.
Fonte: Prensa Latina