Petrobras economizou US$ 1 bilhão com plano de redução de custos

Em 2013, o total economizado foi US$ 344 milhões, quantia que subiu para US$ 1 bilhão no fim do ano passado. A expectativa da Petrobras é que o valor economizado aumente com a construção de poços de desenvolvimento de produção nas áreas do pré-sal.

Petróleo - Campo de Roncador, na Bacia de Campos

O Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço) da Petrobras gerou economia de US$ 1 bilhão desde 2013. A atividade de construção de poços é a que exige mais recursos, chegando a 32% do total investido pela estatal atualmente.

As ações que fazem parte do programa têm três áreas: a redução de custos unitários, a otimização de projetos e os ganhos de produtividade, que somam 23 iniciativas.

A redução de custos unitários é feita em quatro ações, e, entre elas, a empresa destaca o uso de embarcações mais simples e de menor custo para substituir sondas de perfuração em algumas atividades, como a instalação de equipamentos a cabo. Operações em série e simplificações de projetos ajudam a otimizar os investimentos.

Em nota, a Petrobras informa também que ganhos de produtividade vêm sendo atingidos com a melhoria na disponibilidade de sondas flutuantes, cuja eficiência operacional atingiu 92% em 2014. Com o programa, esse indicador melhorou 2%, gerando economia de US$ 115 milhões

Reservas crescem 0,3%

A estatal informou também que o volume de suas reservas provadas de petróleo (óleo e condensado) e gás natural, apuradas no final de 2014, atingiram 16,612 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Esse montante representa um aumento de 0,3% em relação ao total obtido em 2013 (16,565 bilhões de boe).

De acordo com a companhia, os volumes apresentados seguem os critérios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo e da Comissão de Valores e Seguros dos Estados Unidos da América.

Segundo a empresa, em 2014, foi apropriado um volume de 1,150 bilhão de boe. Por outro lado, foram realizados desinvestimentos que proporcionaram a monetização antecipada de 0,164 bilhão de boe de reservas provadas na Colômbia, Peru, Argentina e Estados Unidos e também a devolução de 11 concessões no Brasil que acarretou uma dedução de reservas provadas no montante de 0,043 bilhão de boe.

No Brasil as áreas devolvidas foram Caravela, Estrela do Mar, Cavalo Marinho, Tubarão, Iraí, Pojuca Norte, Gaiúba, Carataí, Moréia, Carapiá e Guaiamá.

Desse modo, o balanço entre apropriações, vendas de ativos e devoluções de concessões no Brasil resultou em um acréscimo de 0,943 bilhão de boe às reservas provadas da Petrobras, mais do que compensando a produção de 2014, que foi de 0,896 bilhão de boe.

A Petrobras ressalta que esse volume produzido de 0,896 bilhão de boe em 2014 não considera os Testes de Longa Duração (TLD) em blocos exploratórios no Brasil nem a produção da Bolívia.

Em relação ao país sul-americano, o artigo 357 de sua Constituição, promulgada em 7 de fevereiro de 2009, impede que as reservas sejam registradas pelo concessionário. No caso dos TLDs, a área ainda é exploratória e não tem sua comercialidade declarada.

Como resultado, a Petrobras apresentou um Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 105%. Além disso, a produção de óleo equivalente da companhia teve incremento de 4,1% em relação a 2013 (0,861 bilhão de boe).

Fonte: Agência Petrobras