Seguem diálogos de paz entre Farc e governo da Colômbia

As delegações das Farc-EP e do governo colombiano continuam, nesta terça-feira (3), os diálogos como parte de um novo ciclo do processo de paz, centrado atualmente no tema das vítimas do conflito nessa nação sul-americana.

Farc - Luis Robayo/AFP

Na segunda-feira (2), as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) pediram que seja cumprido o que foi acordado na Agenda de Paz, ao iniciar o primeiro ciclo de 2015 de diálogos com o governo de Juan Manuel Santos, para pôr fim ao conflito armado na Colômbia.

“Dentro do marco geral aludido e com pleno espírito de reconciliação, retomamos os diálogos, esperando que se continue com o cumprimento do acordo nos termos conhecidos pelo povo da Colômbia e o mundo inteiro”, afirmou a insurgência em um comunicado.

“O respeito devido a este fundamento não pode ser desviado com fórmulas alheias ao processo”, acrescentou a delegação das Farc-EP, que mantém conversas de paz em Havana desde 2012 com o Executivo de Santos.

“É necessário dizer que em atenção à ordem da Agenda tudo tem seu momento e lugar, o que não dá espaços a soluções postiças como os referendos com sabor e anseios eleitorais que escapam ao já acordado”, destacou a insurgência.

A esse respeito, as Farc-EP consideraram não se sentir aludidas "por normas que pretendem invadir as esferas de competência e decisão da instância única de entendimento que é a Mesa de Diálogos de Paz de Havana".

Após alcançar consensos nos temas de reforma agrária integral, participação política e drogas ilícitas, a guerrilha e governo debatem as questões relacionadas com as vítimas do conflito.

Sobre tal ponto a guerrilha assinalou a necessidade de já encaminhar os procedimentos e mecanismos para conseguir a reparação às vítimas e recordou que este compromisso de todos os atores vinculados ao conflito, armados e não armados, sem consideração de seu status, hierarquia, condição ou origem, independentemente de que tenham feito e façam ou não parte do Estado.

Fonte: Prensa Latina