Argentinos pedem mais apuração sobre morte de estudantes no México
A Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF) encontrou numerosas irregularidades nas investigações da Procuradoria mexicana sobre o desaparecimento de 43 estudantes em 26 de setembro do ano passado, no México, e apelou para que o caso não seja encerrado.
Publicado 08/02/2015 16:22

"Até ao momento, a EAAF ainda não tem evidência científica para estabelecer que, na lixeira de Cocula, existam restos humanos que correspondam aos estudantes", informou a entidade em um comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Em 27 de janeiro, o procurador mexicano Jesus Murillo disse que havia suficientes provas científicas para concluir que os estudantes foram assassinados e incinerados por membros do cartel Guerreros Unidos em uma lixeira, e as cinzas lançadas em um rio, em Cocula.
Murillo apresentou indícios recolhidos no terreno, localizado a poucos quilômetros do município vizinho a Iguala, de onde desapareceram os estudantes. Eles teriam sido detidos por policiais, por ordem do então presidente da Câmara, José Luís Abarca, para ser entregues a narcotraficantes.
Desde que, no início de outubro, foram encontrados vários corpos em valas no município de Iguala, parentes dos 43 estudantes exigiram que a EAAF fizesse a identificação como equipe independente. Os argentinos concordaram em trabalhar em conjunto com a Procuradoria mexicana.
Fonte: Agência Brasil