Evaldo Lima defende reforma política por iniciativa popular

O parlamentar é contra a PEC 352, que oficializa o financiamento privado das campanhas eleitorais.

Publicado 25/02/2015 09:06 | Editado 04/03/2020 16:26

O vereador Evaldo Lima (PCdoB) utilizou o tempo destinado a Liderança Partidária da última terça-feira (24/02), para repercutir sobre a reforma política brasileira, que está pautada no Congresso Nacional. O parlamentar afirmou ser contra a PEC 352, enquanto é a favor de uma reforma política por iniciativa popular.

Evaldo Lima explicou que uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados fará sua primeira reunião para debater a reforma política de iniciativa parlamentar, por meio da Proposta de Emenda à Constituição 352, que propõe o fim da reeleição em todos os níveis da federação, o financiamento privado das campanhas eleitorais, o voto facultativo e distrital, além da unificação dos pleitos eleitorais em todos os níveis. Para Evaldo, a PEC 352 vai contra o interesse dos brasileiros.

“A principal crítica desta proposta equivocada de reforma política recai sobre o financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas, tendo em vista a promiscuidade que em geral resulta da relação entre o poder econômico-financeiro privado e os grupos políticos beneficiados”, comentou.

O vereador afirma que a PEC 352 é um retrocesso para a sociedade, enquanto existe uma outra proposta de reforma política e que atende as demandas da sociedade que vem da Comissão Especial de Mobilização para Reforma Política. O projeto propõe teto de gastos para campanhas eleitorais, bem como limita a fonte de financiamento somente a recursos públicos previstos em lei e a contribuições de pessoas físicas, com limite máximo pré-determinado.

“Essa proposta tem o apoio de mais de 110 entidades, como a CNBB, OAB, CUT, UNE e MST, além de contar com a assinatura de mais de 120 parlamentares. A Coalizão optou por elaborar um projeto voltado para as questões estruturantes, para uma reforma política democrática que pudesse ser aprovada sem a necessidade de Emenda Constitucional. A coalizão faz amanhã um ato público em apoio à votação da proposta de iniciativa popular de reforma política”, explicou.

Fonte: Câmara de Fortaleza