Cabo Jeoás: Defender o Brasil é defender o povo brasileiro

Respeito todas as opiniões divergentes da minha e luto para que os divergentes possam expressar sua opinião. No entanto, tenho vivenciado certo ódio disseminado pela mídia e certa vontade de calar-nos por defender os avanços sociais e comemorar os positivos indicadores econômicos de nosso país. A mesma classe média que ascendeu, com os programas sociais, parece ter vergonha de sua condição social de outrora e se defende atacando.

Por Jeoás Santos

Jeoas
Age assim porque em alguns casos até com medo de perder sua condição atual (e isso é compreensivo) ou por falta de informação e isso não podemos compreender nem aceitar, pois cabe a cada um aproveitar as benesses do modelo econômico de nosso país, mas também com responsabilidade e com o cuidado de se qualificar, de apreender a ler, reconhecer e compreender a realidade que nos cerca, de se politizar e se sensibilizar com uma politica avançada de desenvolvimento. Desta forma, defendemos a punição dos maus gestores, corruptos e ladrões, que sonegam ou dilapidam a "res pública".

Precisamos evoluir socialmente com qualidade e consciência política. O Governo atual de nosso país avançou em muitos aspectos. Mas também deixou de enfrentar temas importantes como o debate sobre a regulação e democratização da mídia, o fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, a reforma tributária regressiva com a taxação das grandes fortunas, a reforma da estrutura e do modelo da Segurança Pública, enfim, várias reformas importantes e necessárias para o fortalecimento da democracia e a garantia de cidadania e qualidade de vida para o povo brasileiro.

A crise atual em nosso país se instala no cotidiano e no imaginário coletivo, mais por uma onda de boatos repassados e incentivados pela grande mídia, do que de fato pela comprovação científica e oficial.

Institutos internacionais tem atestado que o Brasil tem crescido numa média maior que outros países da Europa. Diversas organizações internacionais premiam nosso país pela desenvoltura nos avanços sociais de equilíbrio e ascensão. Nossa empresa estatal de petróleo é cobiçada e seu mercado hoje em disputa tenta abocanhar essa fatia do mercado.

Como nossos inimigos (digo nossos inimigos sim, ou você acha que não temos inimigos?) reconhecem a força de nosso povo e da nossa capacidade de mobilização e enfrentamento às ameaças, implanta no país um sentimento de ameaça interna para lutarmos contra nós mesmos (tática já usada em um passado recente, e não tão recente, pois eu não alcancei). Ora, caros leitores, vocês acham que se eles viessem com tanques e armas de visão noturna tomar nossa produção de petróleo iríamos ficar só olhando, ou iríamos ajudá-los a levar?

Não acredito nos livros de história que descrevem nossos índios como idiotas que se escravizaram para garantir a presença de exploradores. Acredito sim na luta e na morte de vários irmãos que defendendo sua terra, foram mortos e subjugados à dominação europeia.

Enfim, vamos lutar sim, mas primeiro sabendo se estamos ajudando a entregar nosso país ou se estamos colaborando para seu crescimento e desenvolvimento.

Por isso, o PCdoB conclama a população brasileira para buscar mais informações a respeito de nosso próprio país e conhecer nossa proposta de um novo projeto de desenvolvimento que garanta os avanços e amplie as conquistas da classe trabalhadora, fortalecendo a classe média e taxando os ricos. Mas também sensibilizando e conscientizando as pessoas da necessidade da solidariedade e do compromisso coletivo com o combate a desigualdade social e pelo respeito à diversidade e à divergência.
 

Cabo Jeoás Santos é vereador do PCdoB em Natal.