PARAIBANOS VÃO ÀS RUAS EM DEFESA DE DEMOCRACIA E DA PETROBRAS

O dia 13 de março foi marcado na Paraíba por uma grande manifestação de rua, que superou as expectativas dos partidos, entidades e movimentos organizadores.

Manifestação de 13 de março em João Pessoa - Agamenon Sarinho

A capital paraibana reviveu neste dia 13 de março as grandes jornadas de luta pela democracia. Milhares de trabalhadores, jovens e mulheres ocuparam as ruas colorindo a cidade e dando uma clara demonstração de que não se intimidam com a onda golpista inflada pela grande mídia, partidos conservadores e grupos direitistas. Estima-se que quase cinco mil pessoas atenderam ao chamado das entidades e partidos de esquerda para defender uma Reforma Política Democrática e Popular, a Petrobras e o mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Esta mobilização alcançou grande êxito pelo intenso trabalho de preparação – que começou por iniciativa do PCdoB – dos partidos de esquerda (PCdoB, PSB, PT e Consulta Popular), a CUT e movimentos sociais. No percurso, os partidos realizaram conversações com a OAB (que depois abandonou o movimento), a Igreja Católica, a Associação Paraibana de Imprensa (API) e câmaras de Vereadores de João Pessoa e campina grande. No dia 05 de Março, ato na API, lançou a Frente em Defesa de uma Reforma Política Democrática e Popular e da Democracia, no dia 10, grande plenária dos partidos e movimentos sociais, aconteceu no Sindicato dos telefônicos.

O Ato do Dia 13, iniciou com uma concentração na Lagoa (Parque Solon de Lucena), de onde a multidão saiu, portando bandeiras, faixas e cartazes, cantando e gritando palavras de ordem. O PCdoB, o PT, o PSB, o PCR, a Consulta Popular, CUT, CTB, MST, UJS, Levante Popular da Juventude, FEPAMOC e dezenas de sindicatos e movimentos, coloriram as ruas da cidade com suas bandeiras. A multidão foi aumentando até a chegada no ponto de Cem Réis, tradicional ponto das lutas democráticas em João Pessoa – não sem antes acontecer rusgas com um policial que provocou os manifestantes e vaias para a equipe da rede Globo.

No percurso, oradores no carro de som – e também os violeiros que animaram o ato – fizeram a defesa da Petrobrás e combateram os corruptos e corruptores; condenaram o Congresso Nacional conservador e reivindicaram uma Reforma Política democrática com participação popular, reafirmaram os direitos dos trabalhadores e rechaçaram as tentativas golpistas. Vez por outra a massa entoava cantos como, “o povo não é bobo, fora a rede globo”, “ninguém se engana mais, a Globo quer privatizar a Petrobrás”.

Os Partidos e as Centrais Sindicais usaram da palavra no encerramento, no Ponto De Cem Réis, onde, Simão Almeida, presidente estadual do PCdoB, em vibrante discurso denunciou a trama golpista das elites e chamou todas as forças à unidade para defender o governo Dilma e a Petrobrás. Sobre a Reforma Política, afirmou: “só uma reforma política com participação popular pode acabar com o financiamento privado de campanhas – fonte de corrupção”. Concluiu apontando a Reforma política como foco das próximas ações do movimento popular.