Milhares protagonizam Dia Nacional de Lutas em Natal

Uma multidão protagonizou o Dia Nacional de Lutas em Natal. Mais de 3 mil pessoas participaram nesta sexta-feira, 13, do ato convocado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos sociais e partidos progressistas. O evento teve concentração em frente à Catedral Metropolitana e seguiu em passeata até a Praça Sete de Setembro, onde foi realizado um Ato Público.

Durante todo trajeto, as palavras de ordem deram o tom à manifestação e reforçaram a luta em defesa da Democracia, da Petrobras, da Reforma Política e dos Direitos dos Trabalhadores. A presença de lideranças dos movimentos sociais, sindicais, dos trabalhadores, professores, mulheres e juventude emprestaram às manifestações nas ruas em grandes ações junto à população a marca da Jornada de Lutas das Centrais. 

Ao longo do percurso, a cena mais comum foi composta de acenos e manifestações de apoio por um número grande de pessoas que acompanharam a caminhada de seus locais de trabalho, automóveis e ônibus.

 

O ato contou com a presença da senadora Fátima Bezerra (PT), do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), e dos vereadores Hugo Manso (PT), Fernando Lucena (PT) e Cabo Jeoás ( PCdoB), além de diversos movimentos sociais e sindicais: CTB, CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro), ADURN-Sindicato, Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), Sindicatos dos Rodoviários (Sintro), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Sem-Terra (MST), Movimento Pela Libertação dos Sem-Terra (MLST), União da Juventude Socialista (UJS), e Levante Popular da Juventude.


Defesas

Segundo o presidente da CUT no RN, José Rodrigues Sobrinho, o ato foi construído coletivamente e representa a luta pela democracia. “Estamos aqui em defesa da Petrobrás, mas também pela democracia, pela garantia da soberania nacional, e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores”, disse.

De acordo Pedro Henrique Santos, presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), o importante foi defender a democracia. "Nossa motivação é defender que a democracia continue. O principal mote é a reforma política. Achamos que o movimento social precisa avançar nas conquistas que já conseguimos. É preciso aprofundar a democracia no país", disse.
Vando Rodrigues, militante à frente do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), ressaltou que quer garantir as conquistas do movimento. "Fomos à governadoria protestar pela posse dos assentamentos e estivemos na Caixa para pedir a construção e a reforma das casas dos agricultores. Estamos aqui em protesto pela continuidade do governo federal e pelas conquistas já garantidas pelo movimento", falou.

Wangle Alves, vice-presidente estadual da União Nacional dos Estudantes (UNE), destacou a importância da reforma política. "Viemos fazer pressão por uma reforma política no país e pedir para que caia o financiamento público de campanha. Além disso, a política precisa respeitar a democracia. Nós acabamos de eleger uma presidente e não se pode desrespeitar a soberania de uma nação em detrimento de uma classe insatisfeita", afirmou.

José Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindpetro/RN), reafirmou a defesa da Petrobras. "O maior patrimônio do povo brasileiro é a Petrobras e ela deve servir, de fato, para a população do nosso país, e não ao capital estrangeiro. Reinvidicamos por uma Petrobras 100% pública, estatal e integrada a um projeto de desenvolvimento nacional", explicou.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), Soraia Godeiro, afirmou que o movimento buscava a consolidação da democracia no país. “Tivemos um processo eleitoral democrático e agora precisamos cobrar a implantação do programa de governo eleito pelo povo. Qualquer atitude golpista pode trazer sérios danos às conquistas do trabalhadores. Queremos a reforma política, a reforma fiscal – mas não com a retirada dos direitos dos trabalhadores e sim com a taxação das grandes fortunas”, afirmou.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra também participou da manifestação. A representante do MST Jailma Lopes afirmou que o ato visava “a defesa da soberania popular e buscava a reforma política através de uma constituinte”.

O representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), José Mota Junior, disse que, além de defender a Petrobrás, o movimento defende a democracia e luta contra o retrocesso do país. “A Petrobrás é nossa e querem entregá-la ao capital privado e estrangeiro. Nós somos contra. Se há problema que seja apurado e os responsáveis punidos, independente de partidos. Nós defendemos a democracia, não queremos um retrocesso. Tá ruim? Tá. Mas pior era na ditadura militar onde ninguém tinha direito a nada”.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também estava representada no ato. O professor Francisco de Assis, que representa a CNTE no RN, afirmou que a luta também é para que os royalties do Petróleo e do Pré-Sal sejam aplicados na educação.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do RN, Nastagnan Batista, afirmou que “não é mudando a presidente que a coisa vai mudar, é cobrando do governo”.

De Natal, Jana Sá