Venezuela: mais de 1 milhão de assinaturas contra sanções dos EUA    

A campanha de recolhimento de assinaturas contra as medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos entra no seu quinto dia com participações em todo o país.
 

 

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Desde o lançamento da iniciativa, mais de um milhão de pessoas já aderiram ao abaixo-assinado para exigir a revogação de um decreto do presidente dos EUA, Barack Obama, que aponta a Venezuela como uma ameaça ao seu país.

O apoio ao governo venezuelano também tem uma extensa presença nas redes sociais, através das quais, até agora, já recebeu mais de 1,6 milhão de mensagens.

Essa ordem executiva de Obama foi classificada pelo presidente venezuelano, Nicolas Maduro, como a mais grave ameaça proferida contra sua nação em 200 anos de história republicana.

A coleta de assinaturas faz parte da campanha iniciada pelo mandatário denominada "A Venezuela não é uma ameaça, é esperança", que busca recolher 10 milhões de assinaturas até a 7ª Cúpula das Américas, marcada para 10 e 11 de abril, no Panamá.

"Quero anunciar a toda a pátria venezuelana, com profundo agradecimento, que nesse domingo, 22 de março, superamos 1 milhão de assinaturas do povo (…) a dizer a Obama que anule o decreto já", disse o presidente da Câmara do Município de Libertador, na região de Caracas, e porta-voz do Partido Socialista Unido da Venezuela.

Jorge Rodriguez falou à imprensa nas proximidades da Praça Bolívar, de Caracas, onde o governo venezuelano instalou um dos pontos de coleta de assinaturas.

No dia 9 de março, o presidente dos Estados Unidos determinou a aplicação de novas sanções a sete altos funcionários venezuelanos – entre eles o diretor-geral dos Serviços Secretos e o diretor da Polícia Nacional –, que acusa de violação dos direitos humanos. Eles ficam proibidos de entrar nos Estados Unidos e têm os bens congelados.

Obama declarou situação de emergência nacional nos EUA devido ao "extraordinário risco" que representa a situação na Venezuela para a segurança norte-americana.

Segundo a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, os Estados Unidos planejam ir além das sanções contra funcionários venezuelanos e preparam um bloqueio econômico e comercial.
Ela negou que seu país ofereça ameaças e advertiu que a medida dos Estados Unidos tenta justificar uma intervenção direta.

Enquanto isso, o chefe do bloco parlamentar do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Pedro Carreño, denunciou que a estratégia de Washington está afetando o prestígio das instituições e a estabilidade do Estado.

De acordo com uma pesquisa, 86% dos venezuelanos acreditam que o seu país não é uma ameaça para os Estados Unidos e 94% rejeitam uma agressão militar para derrubar o governo bolivariano.

De acordo ainda com o estudo, 81% dos inquiridos discordam das tentativas do governo dos Estados Unidos de opinar sobre assuntos internos da Venezuela.

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Do Portal Vermelho, com informações da Prensa Latina e da Agência Brasil