Chanceler venezuelana ressalta apoio mundial frente à ameaça dos EUA 

“O mundo está dizendo a Washington que se comporte conforme os princípios do direito internacional, porque tais normas devem ser respeitadas em função do bom relacionamento entre os Estados”, afirmou a chanceler, que concedeu uma entrevista coletiva.

“Organismos internacionais e países da América, África, Ásia e parte da Europa tem coincidido, em seus comunicados e declarações, em apontar a necessidade de encontrar uma solução pacífica para o conflito, por meio de diálogo e sob princípios de respeito a autodeterminação dos povos”, declarou.

Estes países, segundo Rodrígues, “também exigem a revogação do decreto de Barack Obama, que declara a Venezuela como uma ameaça, ao considerá-la como uma possível agressora”.
“A chancelaria entregou, nesta quinta-feira (26), à embaixada dos Estados Unidos em Caracas, uma nota de enérgico protesto contra este decreto”, informou ainda.

“A Venenezuela rechaça a ingerência e aposta em um diálogo baseado no respeito aos princípios de igualdade e soberania”, disse a chanceler.

“A Casa Branca deve respeitar o princípio de autodeterminação dos povos que são soberanos para escolher seu sistema político. De fato, os Estados Unidos não podem dar lições de democracia”, assegurou a diplomata.

“Na Cúpula das Américas, no Panamá, a Venezuela espera levar 10 milhões de assinaturas em respaldo à solicitação do presidente Nicolás Maduro de revogação do decreto. O presidente também irá levar as manifestações de respaldo dos países que se manifestaram”, assinalou.

A ministra mostrou um mapa com os países que expressaram seu apoio à Venezuela e pediu a Washington que os ataques cessem.

Delcy também recordou que o governo de Caracas está promovendo ações diplomáticas e legais para fazer frente à ameaça estadunidense.

O grupo dos 77+China, o Movimento dos Países não Alinhados, a Unasul, a Celac, a Alba e a Comunidade do Caribe, figuram entre os organismos que se solidarizaram com a Venezuela.

Fonte: Prensa Latina