Unegro e PCdoB/GO se solidarizam com jornalista vítima de racismo

A União de Negros pela Igualdade em Goiás (Unegro-GO) e a deputada Isaura Lemos, presidenta estadual do PCdoB, se solidarizam com a jornalista do Distrito Federal, Cristiane Damacena, alvo de racismo no Facebook, no último dia 24. Após atualizar a foto de seu perfil na rede social, a jornalista logo começou a ser alvo de comentários racistas, feitos por perfis falsos.

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“Quanto está essa escrava?”, “Fugiu da senzala?” foram algumas das ofensas feitas. A jornalista também foi chamada de “macaca”. E houve ainda quem sugerisse chamar o Ibama. Os comentários logo geraram reações condenando o racismo e também alertando as autoridades policiais sobre o fato. Muitos apoiaram a jornalista e disseram para ela não se abater diante do que consideraram uma “covardia”. A beleza de Cristiane e sua semelhança com a atriz queniana Lupita Nyong’o foram citadas como forma de incentivo.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, através da 26ª Delegacia de Polícia, de Samambaia, no DF. A polícia já enviou pedidos de esclarecimentos de contas para o Facebook.
Fazer comentários com teor racista é crime previsto na Lei 7.716/89. A pena para esse crime chega a cinco anos, além de multa, quando realizado em meio de comunicação. A prática do racismo também está prevista na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XLII: “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.