Wenceslau Jr.: “Queremos um partido cada vez mais forte”
No último mês de abril, aconteceu no município de Itabuna um encontro dos comitês municipais do PCdoB que estão localizados nas regiões do Litoral Sul e do Médio Rio de Contas. A atividade fez parte da série de encontros regionais que Comitê Estadual realiza para dialogar com a militância nos mais de 400 municípios em que o PCdoB está presente, no estado.
Publicado 08/05/2015 16:07 | Editado 04/03/2020 16:14

O encontro em Itabuna levantou questões relacionadas à estruturação do partido na região, às estratégias para as eleições do ano que vem e ao cenário de crise no país. Um dos resultados das discussões se refere à necessidade de fortalecer o PCdoB regional e de aumentar a presença do partido nas disputas pelas prefeituras e câmaras de vereadores, em 2016.
Ao lado do deputado federal Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior, que é vice-prefeito de Itabuna, é um dos principais articuladores do PCdoB na região. No comitê municipal, Wenceslau ocupa a Secretaria Institucional e trabalha pela construção de uma frente regional do partido articulada e forte. Confira os principais trechos da entrevista com o secretário, que também integra o Comitê Estadual.
Encontro regional
Foi um encontro muito proveitoso, que teve a participação de, praticamente, todas as cidades do Território de Identidade do Litoral Sul e algumas cidades do Médio Rio de Contas, como Itagibá e outros municípios da redondeza. O objetivo nosso é ampliar o número de candidatos majoritários no território. Nós já temos o prefeito de Itagibá, que é acompanhado por nossa regional, temos chances eleitorais concretas de ter candidatos pela legenda do partido como em Ibicuí, Camacã, Itajuípe, Guaraci, Almadina.
Itabuna 2016
Em Itabuna, estamos aguardando o desenrolar para definir a posição, mas com certeza o partido terá presença na chapa majoritária. Há uma indefinição, em razão do compromisso que o partido tem com o prefeito Vane porque participa do governo e atua fortemente na gestão. Até o momento, o prefeito não deu uma posição cabal se será ou não candidato. Não sendo ele o candidato, o PCdoB terá um candidato em Itabuna.
Partido forte
Outro objetivo é, já que temos presença em todas as cidades da região, que em todas cidades se lancem, pelo menos, candidaturas a vereador, com condições de representar o partido no Legislativo. Além do mais, pretendemos fazer essa estruturação partidária, não só com vistas em 2016, mas em relação à vida cotidiana do partido, no que diz respeito à nossa intervenção nos movimentos sociais, à formação política dos quadros do partido. Que a gente possa ter um partido cada vez mais forte!
Davidson Magalhães
Nós entendemos que, a partir da assunção do mandato do deputado federal Davidson Magalhães, que é oriundo e tem militância na região, os horizontes do PCdoB também ampliaram. Várias lideranças políticas novas, jovens ou já consolidadas buscam uma aproximação com o partido, a exemplo do vereador de Itabuna, Carlos Coelho, pré-candidato a prefeito de Ibicaraí, entre outras lideranças. O mandato de Davidson está atento e bastante articulado com as demandas da região. Há uma atuação muito forte, não só no município de Itabuna, mas em toda região do Sul, Extremo-Sul, Rio de Contas, buscando atender as expectativas da população, representar os interesses regionais, articular os movimentos sociais, que vem fortalecendo o PCdoB e atraindo novas lideranças para os quadros do partido.
Crise
É um momento difícil, de crise profunda, que acaba, também, reforçando a crise econômica que a gente vive, que envolvem as maiores empresas empreiteiras do Brasil e a paralisação de obras importantes no nosso país. Mas a gente espera que a crise seja superada e tem sido feito um esforço da presidenta Dilma e do partido pelo enfrentamento, sem passar a mão na cabeça dos que cometeram deslizes, mas retomando o país à normalidade. Claro que a repercussão da crise nas eleições de 2016 a gente não pode prever. Nós dependemos da capacidade do país de se recuperar, principalmente do ponto de vista econômico. Acho que esse é o grande desafio.
Reforma política
Por outro lado, a gente vê, também, que a origem da crise é o atual sistema brasileiro e, infelizmente, pela atual composição do Congresso, não temos perspectivas de mudanças positivas, qualitativas. Se houver mudanças vai ser pra pior, em relação à possibilidade de reforma política, a não ser que o povo brasileiro se mobilize por uma agenda mais progressista de reforma política.
Entrevista: Erikson Walla