Transgêneros terão nome social na Carteira Estudantil e Bilhete Único

A União da Juventude Socialista (UJS Fortaleza), a União Brasileira de Mulheres (UBM) e o Movimento pela Livre Orientação Sexual (MOVELOS), entidades membros do Conselho Municipal de Juventude conseguiram mais uma vitória para a inclusão e aceitação de travestir e transexuais. As entidades levaram à Coordenadoria Municipal de Juventude a proposta de inclusão do nome social de transgêneros na Carteirinha de Estudante e no Bilhete Único. Nome Social é aquele escolhido por travestis e transexuais para se apresentar publicamente, por melhor se adequarem à sua identidade de gênero. Ele difere do nome civil, que é aquele com que foram registrados em cartório.

No início de maio deste ano, as entidades em parceria com a Coordenadoria Municipal de Juventude levaram a demanda à Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Na reunião, foi apresentado formalmente o pedido de inclusão do nome social nos documentos de transporte público de Fortaleza. No último sábado (09/05), durante a reunião ampliada do Comitê Estadual do PCdoB, onde estava sendo debatida a 10ª Conferência do Partido, o prefeito Roberto Claudio anunciou o deferimento do pedido e reconheceu a importância da visibilidade das pessoas trans em Fortaleza.

Silvia Cavalleire, presidente da UJS Fortaleza e membro do MOVELOS, foi a autora da iniciativa. Em 2013, ela já havia conseguido, junto a Universidade Federal do Ceará (UFC), a autorização para que travestis e transexuais incluíssem seu nome social em registros funcionais e acadêmicos da instituição de ensino superior. “Acredito que a Prefeitura de Fortaleza deu um passo democrático importante para reconhecer as pessoas trans como cidadãs através dessa aceitação de sua identidade de gênero em documentos de uso diário. Sabemos que podemos avançar muito mais e esperamos que a Prefeitura continue dando espaço e oportunidade para o movimento de trans ter cada vez mais participação na sociedade”.

Saiba mais

O nome social é uma política de cidadania voltada para as pessoas que se identificam com o gênero oposto, a fim de reconhecer a identidade social que elas tomaram para si. Nela se enquadram as e os travestis e transexuais femininos e masculinos.

De Fortaleza,
Carolina Campos