Humanização das cidades deve ter a participação popular
A luta pela Reforma Urbana foi o tema de destaque na reunião do Fórum de Movimentos Sociais do PCdoB do Recife realizada nesta terça-feira (12), na sede do Comitê Estadual. A polêmica ficou mesmo por conta do Ocupe Estelita, com uma avaliação sobre a legitimidade e os limites do movimento.
Publicado 13/05/2015 15:32 | Editado 04/03/2020 16:55

Em diversas falas, sobressaiu a opinião de que o Recife vive um conflito que simboliza os impasses vividos nas metrópoles brasileiras. É o retrato do modelo de desenvolvimento que, ao longo da história, nos legou crescimento econômico, concentração de renda e imensas desigualdades, com um processo de urbanização que resultou na segregação dos condomínios e periferias superpovoadas e entregues à própria sorte.
A lei e a vontade do poder público não são suficientes para garantir o desenvolvimento urbano inclusivo. Por isso, se a população deseja discutir as demandas urbanas essa vontade cabe em qualquer tempo, em qualquer gestão, e ajuda na elaboração de ideias e caminhos para uma cidade mais humanizada.
De acordo com a secretária de Movimentos Sociais do PCdoB do Recife, Fernanda Lima, "são imensas as pautas a serem tratadas e precisamos de ações práticas. Muita gente falou aqui sobre a luta pelo transporte coletivo, por moradia, ou pelo direito à cultura e a uma cidade humanizada. A nossa orientação é organizar a militância, participar ativamente das lutas cotidianas da cidade e fortalecer os movimentos".
O Fórum definiu também a criação de uma comissão composta pela representação de cada segmento para tratar dos encaminhamentos tirados na reunião, como a realização da conferência municipal do PCdoB, um seminário sobre a Reforma Urbana e o acompanhamento de pautas como a Convenção Nacional de Solidariedade à Cuba, que acontecerá no Recife de 4 a 6 de junho.
Inamara Mélo
Do Recife