Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro filia-se à CTB

A nova diretoria do SecRJ discutiu em sua primeira reunião de trabalho, no final de junho, a proposta de desfiliar-se da UGT para passar a integrar a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Após consulta dos diretores às bases, a decisão se concretizou na reunião de diretoria do último dia 20, e a ficha de filiação foi assinada na última sexta-feira (24) pelo presidente do SecRJ, Márcio Ayer.

Marcio Ayer - CTB

“O compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores comerciários é o foco e a razão de existir do SecRJ. A CTB é a central sindical que melhor contempla essa perspectiva classista, algo que fala muito aos comerciários do Rio, até pelo que foi a realidade do nosso Sindicato nos últimos 50 anos. Não havia possibilidade de participação e o SecRJ estava completamente alheio às lutas e aspirações dos trabalhadores do comércio. Agora, com a mudança de rumo e a filiação à CTB, teremos os instrumentos necessários para ampliar a democracia e a participação dos comerciários na defesa dos interesses imediatos e futuros da classe trabalhadora”, disse o presidente no ato de assinatura da ficha de filiação.

Organizar para conquistar

Segundo Ayer, a CTB e o Centro de Estudos Sindicais (CES), entidade parceira da Central, vão auxiliar na formação dos quadros dirigentes do sindicato e de outros trabalhadores que vierem a se envolver nas lutas da entidade. “Precisamos nos organizar para fazer frente aos ataques patronais e, juntos, alcançarmos mais conquistas”, comentou o presidente.

Segundo a concepção sindical classista da CTB, os sindicatos são espaços plurais nos quais a classe trabalhadora empreende suas primeiras experiências de luta e de organização e faz avançar sua consciência de classe.

Sec-RJ sediará encontro da CTB

Na próxima sexta-feira (31) o Sec-RJ será o anfitrião do 2º Conselho Estadual da CTB. O encontro vai eleger delegados e encaminhar recomendações dos trabalhadores do Rio, incluindo os comerciários, para o Conselho Nacional da entidade, que será realizado em outubro.

O documento que norteia as discussões deste ano é intitulado “Democracia e Desenvolvimento com valorização do trabalho”, tese defendida pela Central em sintonia com a atual conjuntura socioeconômica e política do país. O texto foi elaborado de modo a abordar os principais desafios que o movimento sindical deve enfrentar neste próximo período, numa conjuntura de crise, na qual é preciso zelar pela unidade de ação das centrais e movimentos sociais.