A hipocrisia dos EUA em relação às armas químicas do Estado Islâmico

Maria Zakharova, porta-voz do ministério, disse que esse novo aspecto na capacidade bélica dos terroristas pode fazer com que ampliem suas ações para fora da Síria e do Iraque.

“O Estado Islâmico teve acesso a documentação técnico-científica sobre produção de armas químicas, tomou empresas químicas e atraiu especialistas estrangeiros para explorar a síntese de substâncias”, revelou.

Essas informações foram veiculadas depois que os terroristas do EI lançaram um míssil, na última terça-feira (1º/9) com elemento químico contra milícias curdas no Iraque.

Segundo declarou à agência russa de notícias Sputnik o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Noel Clay, os ataques químicos recentes do EI na Síria e no Iraque sublinham a necessidade para a resolução política da crise síria.

Curiosamente, a declaração do porta-voz norte-americano sobre a necessidade para a resolução política da crise na Síria parece mais branda do que a infame frase do então candidato à Presidência dos EUA, Barack Obama, feita em 2012, ameaçando o presidente da Síria, Bashar al-Assad. Obama disse na época que se Assad usasse armas químicas contra os terroristas, passaria a fantasiosa “linha vermelha” que desenhou em sua cabeça e autorizaria o exército dos EUA a invadir o país e derrubar seu governo.

A frase revela como a política imperialista muda de comportamento quando não é o inimigo, mas o “aliado”, que foge às regras do jogo imposto por ela. Resta a saber como os Estados Unidos irão reagir a este novo elemento das forças terroristas que tentam derrubar o governo de Bashar al-Assad, já que, retoricamente, afirmam lutar contra o Estado Islâmico.

Do Portal Vermelho, Humberto Alencar, com informações da Agência Sputnik