Meio milhão de trabalhadores gregos sobrevivem com menos de 400 euros

Os postos de trabalho temporários prevalecem atualmente na Grécia. Quase meio milhão de pessoas tem um trabalho temporário e ganham um salário bruto de cerca de 412 euros por mês, que no fim das contas resulta em 380 euros líquidos.

Comunistas gregos em passeata no dia 1º de Maio em Atenas

Os habitantes da Grécia, atualmente, sabem que não há trabalho e, quando há, é mal pago. A situação é pior porque os empregos de tempo integral são uma raridade hoje em dia para os trabalhadores do país.

Segundo um estudo realizado de abril de 2014 a abril de 2015 pelo IKA, o maior fundo de segurança social da Grécia para o setor privado, 491.440 empregados temporários obtiveram um salário bruto de 412,62 euros mensais.

Segundo a mesma pesquisa, em um ano o número total de empregados temporários aumentou 3,56%. O número dos que trabalham em tempo parcial (meia jornada de trabalho, de quatro horas diárias) aumentou 10,35%, enquanto o número de empregados a plena jornada aumentou apenas 2,07%.

A média salarial para os temporários de jornada integral (1,3 milhão de pessoas) em abril de 2015 foi de 1,2 mil euros. Em relação ao mesmo mês do ano anterior o salário caiu 1,34%.

O salário líquido de 1,3 milhão de trabalhadores em jornada integral é inferior a mil euros, depois da dedução dos impostos e contribuições aos serviços de saúde e social, enquanto que o salário líquido dos 491.440 trabalhadores de tempo parcial é menor que 400 euros.

Com um desemprego que já ultrapassa a taxa de 25% e muitos lares tendo apenas uma fonte de renda, não é difícil para um europeu imaginar como uma família pode sobreviver com um salário de 800 euros mensais, muito menos com somente 380 euros, em um dos países mais caros da Europa.