Congresso dos EUA chama Hillary para depor sobre Líbia

A pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton comparecerá nesta quinta-feira (22) perante um Comitê especial da Câmara de Representantes estadunidense que analisará sua gestão durante o ataque ao consulado na cidade líbia de Bengazi.

Hillary Clinton

Os membros do painel presidido pelo congressista republicano do estado da Carolina do Sul, Trey Gowdy, questionarão a ex-secretária de Estado (2009-2013) sobre os fatos que conduziram ao atentado de 11 de setembro de 2012, no qual morreram quatro estadunidenses, entre eles o embaixador em Trípoli, Christopher Stevens.

A polêmica sobre Bengazi roda como uma bola de neve desde então, principalmente pelo esforço dos conservadores, que insistem em afirmar que o governo esconde o que realmente ocorreu durante o acontecimento.

Hillary testemunhou no Capitólio durante seus últimos dias à frente do departamento de Estado, assumiu a responsabilidade sobre o ocorrido e se comprometeu a melhorar a proteção dos diplomatas estadunidenses no exterior.

Uma das principais acusações do Partido Republicano é que ela ordenou a retirada de uma equipe de segurança estadunidense em Trípoli quando ia viajar a Bengazi para resgatar os servidores públicos em perigo.

A ex-chefa da diplomacia negou com firmeza as acusações, enquanto em 2014 um relatório do Comitê de Serviços Armados do Senado descobriu que essa ordem não foi emitida.

A audiência desta quinta reúne total atenção da mídia, depois de ter sido divulgado, meses atrás, que Hillary usou um e-mail pessoal para questões oficiais, o que despertou a polêmica sobre supostas falhas na segurança e troca de informação confidencial.

Os democratas asseguram que tudo isto é parte do jogo eleitoral dos republicanos, que tentam a todo custo atacar a imagem de Hillary, favorita para as eleições presidenciais de 2016 e com reais possibilidades de se converter na primeira presidenta dos Estados Unidos.

Na segunda-feira, os democratas que integram o Comitê da Câmara sobre Bengazi publicaram um novo relatório de 124 páginas que resume mais de quatro dúzias de entrevistas realizadas sobre o papel desempenhado pela ex-primeira dama e ex-senadora por Nova York.

“As acusações são infundadas e não têm evidências. Não há nada nessas entrevistas que confirmem as críticas dos republicanos contra a ex-secretária de Estado”, afirmaram.

De acordo com os defensores, as entrevistas e investigações sobre o incidente na Líbia mostram que Hillary esteve profundamente comprometida durante e depois dos ataques e asseguraram que “tomou medidas para garantir a segurança e proteção da equipe dos Estados Unidos”.

Fonte: Prensa Latina