Estudantes de GO ocupam escolas contra privatização do ensino

O movimento de estudantes contra medidas arbitrárias praticadas por governos tucanos não se encerrou em São Paulo. Agora é a vez de alunos secundaristas de Goiás ocuparem escolas públicas, contra a proposta do governador Marconi Pirrilo (PSDB) de autorizar o estado a contratar organizações sociais (OSs) privadas para dirigir 25% unidades de ensino.

Ocupação de escola em GO

Até agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos contrários às propostas de reforma que terceirizam a administração das instituições de ensino estaduais.As ocupações começaram na quarta-feira (9) pelo Colégio José Carlos de Almeida, após o governador Marconi Perillo autorizar a formalização da parceria que transfere a gestão das escolas da rede estadual para organizações sociais, que são entidades privadas filantrópicas.

Para os estudantes, a medida é negativa e a decisão de implantá-la foi feita sem diálogo com as escolas. Diretor da União Goiana dos Estudantes Secundaristas, Gabriel Tatico informou que a medida é uma privatização da educação pública.

"O movimento estudantil organizado vai dialogar, mas não vamos retroceder. Queremos o fim desse projeto. Vamos parar quando houver um diálogo real de construção de uma nova perspectiva para a educação do estado, que não seja a terceirização ou a militarização".

Uma das alunas que participam do movimento, Gabriela Costa, de 16 anos, disse que os atos realizados em São Paulo contra a reorganização do sistema educacional serviram de inspiração.
"Nos inspiramos nos atos de São Paulo. E até no último protesto que eles fizeram, eles declaram abertamente apoio ao movimento aqui em Goiânia", disse.

De acordo com os estudantes, a terceirização enfraquece ainda mais a qualidade do ensino público, ao prejudicar a carreira docente e transferir recursos do estado para empresas privadas.