Equador promove debate sobre direitos humanos na América Latina
Acadêmicos e pesquisadores da América Latina compartilham, nesta terça-feira (15), opniões no primeiro Seminário Internacional Direitos Humanos, Comunicação e Lutas pela dignidade, realizado no Equador. O evento irá até quinta-feira (17).
Publicado 15/12/2015 13:00

O evento foi inaugurado com uma palestra do sacerdote católico e sociólogo marxista belga François Houtart. Autor de mais de 50 livros e centenas de artigos, esta reconhecida figura do movimento altermundialista enfocou seu parlamento nos direitos humanos como espaços de luta e prestou homenagem ao seu amigo espanhol Joaquín Herrera Flores, Doutor em Direito, professor e colaborador de vários centros universitários.
Houtart retomou a ideia do colega de uma renovação da visão dos direitos humanos mediante o exercício de repensar sua filosofia fundamental e abrir as portas do direito para toda a realidade humana.
Herrera Flores também convida a perceber os direitos humanos não só como um fato jurídico, relembrou o sociólogo, mas como uma construção permanente, o que significa uma luta social constante para conquistar os direitos.
Por sua vez, o subsecretário do Ministério da Justiça, Direitos Humanos e Cultos do Equador, Juan Sebastián Medina, considerou necessário repensar a América Latina a partir da Teoria Crítica.
Enquanto o ativista de direitos humanos, dedicado à educação popular nessa matéria na Venezuela, Manuel Gándara, destacou a importância deste Seminário em um momento em que a região está debatendo os modelos de propriedade nos quais quer apostar no futuro.
A seu critério, o evento recolhe alguns dos desafios atuais e dá oportunidade de refletir, debater e pensar estratégias para levar adiante um processo de luta por condições de vida dignas.
Gándara qualificou o primeiro Seminário como um espaço de grande construção, que permitirá identificar novos pontos.
Os temas em debate nesta terça-feira serão os direitos humanos na América Latina como desafio nos processos de integração regional, memória e democracia.