Trabalhadores convocam primeira greve geral contra Macri na Argentina

O secretário geral da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), Hugo Godoy, anunciou nesta quarta-feira (3) que a categoria fará uma greve geral no dia 24 de fevereiro em rechaço à onda de demissões promovida pelo governo de Macri que já demitiu mais de 24 mil funcionários públicos.

Manifestação na Argentina - Olacom

O dirigente denuncia que Macri implementou um plano de ajuste impopular disfarçado de demissão de funcionários fantasmas, mas não foram realizadas auditorias para identificar as falhas do serviço público e os trabalhadores estão sendo injustiçados. Já foram feitos cortes em diversas áreas, os mais recentes foram nos ministérios da Defesa e da Cultura.

Os ajustes recentes feitos pelo presidente, como o fim do subsídio para a energia elétrica que vai elevar as tarifas em até 500%, somado à redução do poder de compra do salário mínimo entre 10 e 15% tornam a situação dos trabalhadores insustentável.

O dirigente da CTA, Hugo Yaski condena a política sistemática de demissões e denuncia a repressão das forças armadas policiais contra as manifestações políticas e culturais. Nesta semana um grupo que ensaiava na rua para as festas de Carnaval foi fortemente reprimido e 11 pessoas ficaram feridas, entre elas crianças de dois anos de idade.

Yaski destaca ainda que a violência policial e a criminalização dos protestos são respaldadas pelos decretos de Macri “como acontecia nos tempos de ditadura”.