Macri tenta persuadir sindicalistas em meio à negociação salarial

O presidente argentino, Maurício Macri, finalmente receberá, nesta quinta-feira (11), dirigentes das principais centrais sindicais do país. Porém, o objetivo do chefe de Estado é conter as demandas salariais às vésperas das negociações trabalhistas.

Mauricio Macri - Divulgação

O poder executivo convidou à Casa Rosada os dirigentes das alas da Confederação Geral do Trabalho: Hugo Moyano e Luis Barrionuevo já confirmaram, espera-se que o kirchnerista Antonio Caló também participe. Outros sindicalistas, de diferentes vertentes da CGT, também poderão assistir à reunião.

No entanto, o presidente não convidou para a conversa os dirigentes que ele considera mais “radicais”, entre eles estão Pablo Michelli e Hugo Yaski da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA).

A reunião acontece em meio a uma onda de demissões e suspensões que já atingiu mais de 43 mil trabalhadores, crescente inflação e aumento da pressão sindical.

Diante deste cenário caótico, o sindicato dos servidores públicos convocou uma greve geral no próximo dia 28 para protestar contra as demissões e exigir a reincorporação dos trabalhadores públicos, além de salários justos e direitos trabalhistas.

Hugo Moyano, que apoiou Macri durante a campanha eleitoral, busca fazer a ponte entre o setor sindical e o governo em meio à resistência dos outros dirigentes.

Já o dirigente Hugo Yaski, que claramente se posiciona contra o projeto neoliberal de Macri, e por isso não foi convidado para a reunião, denuncia que os trabalhadores argentinos já perderam cerca de 40% do poder de compra e o Governo não está interessado em discutir este tema.