A dirigente e fundadora da organização social Tupac Amaru está presa há mais de 20 dias na província de Jujuy […]

Manifestação pela libertação de Milagro Sala - La Campora

A dirigente e fundadora da organização social Tupac Amaru está presa há mais de 20 dias na província de Jujuy por fazer oposição ao governador Gerardo Morales, aliado do presidente Mauricio Macri.

“Aderimos à esta petição para pedir sua intervenção [Papa] para que Milagro obtenha seus direitos e liberdades. Somos militantes políticos e sociais que vemos com grande preocupação este entorpecimento das liberdades que debilitam a democracia e violam os direitos humanos”, diz um trecho do documento enviado ao Papa.

O texto, entregue na embaixada do Vaticano em Buenos Aires, foi assinado por 1700 dirigentes, entre os quais se encontram o ex-ministro do Trabalho da Argentina, Carlos tomada; o ex-secretário de Assuntos Relacionados às Ilhas Malvinas, Daniel Filmus, entre outras autoridades argentinas.

Entenda o caso

Sala está detida desde o dia 16 de janeiro, quando foi presa em sua casa, na província de Jujuy, acusada de “fechar vias” e “perturbar a ordem”, devido à manifestação que ela liderava em frente ao palácio do governo da província. O objetivo da mobilização era agendar uma audiência com o governador para tratar a questão das moradias da organização Tupac Amaru.

Desde a prisão de Milagro, movimentos sociais e políticos de esquerda, colocaram em marcha uma grande campanha nacional e internacional para exigir a libertação imediata da dirigente. No entanto, a Justiça de Jujuy insiste em não aceitar os argumentos da defesa e rever o caso.

Os advogados de Milagro são enfáticos em afirmar que ela é vítima de uma perseguição política e midiática para enfraquecer sua imagem pública. Ela é a primeira presa política da Argentina de Maurício Macri.