Movimentos sociais impulsionam campanha pelo “sim” na Bolívia

Falta apenas 10 dias para o referendo que vai decidir se Evo Morales e Álvaro García Linera terão o direito de se candidatar pela quarta vez à presidência da Bolívia. Enquanto a direita tenta denegrir a imagem do presidente com uma série de ataques pessoais, os movimentos sociais e organizações políticas e culturais reforçam a campanha pelo “sim”, para aprovar a emenda constitucional que permitirá os atuais mandatários concorrerem uma vez mais.

Movimento ao Socialismo na Bolívia - AP

“Nós os apoiaremos como parlamentares do Estado Plurinacional, materialmente e espiritualmente. Por isso defendemos que a revolução democrática e cultural deve continuar até cumprir todos os objetivos da Agenda Patriótica de 2025”, afirmou, nesta quarta-feira (10) o ex-deputado do MAS (Movimento ao Socialismo), Roberto Rojas.

Durante a campanha, que começou em janeiro deste ano, o governo já fez diversas denúncias do que ficou qualificado como um complô internacional contra a gestão de Evo. A ministra da Comunicação, Marianela Paco, apresentou provas contundentes de que os opositores ao governo recebem recursos e instruções dos Estados Unidos para fomentar a campanha pelo “não”, contra a emenda constitucional.

Diante deste cenário, os movimentos sociais, unidos ao MAS, reforçam seu respaldo a Evo em busca de aprovar o “sim” nas urnas no próximo dia 21 de fevereiro.

No próximo dia 15 será realizado um encontro nacional de ex-parlamentares e autoridades políticas defensores do “sim”. Tanto os governistas, quanto a oposição, encerram suas campanhas no dia 17, quatro dias antes da votação. O espaço de publicidade e propaganda em cadeia nacional de rádio e televisão, além de periódicos impressos, foi exatamente igual para as duas forças políticas.