Líder do PCdoB convoca trabalhadores para resistência e luta
“A celebração do dia 1º de Maio neste ano, diante do quadro de acirramento político em que nos encontramos, requer de nós, além das honras e homenagens costumeiras, uma profunda reflexão sobre os rumos do país”, avalia o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), ao prestar sua tradicional homenagem aos trabalhadores, a quem ele dedica sua luta e atuação no parlamento.
Publicado 28/04/2016 14:55
E destacou que “o momento exige resistência e luta da classe trabalhadora. E a passagem do Dia Internacional do Trabalhador é uma oportunidade para que fortaleçamos os nossos ideais e nos mostremos dispostos a defender nossas conquistas e direitos”, discursou, conclamando a classe trabalhadora a se manter unida, “para continuarmos construindo um novo e forte projeto nacional de desenvolvimento”.
“Nossa meta em relação ao destino do Brasil não pode se distanciar dos avanços que já obtivemos, e que são essenciais para enfrentar as contradições estruturais da nossa realidade”, disse, lembrando que vários pontos da legislação trabalhista precisam ser aprimorados para facilitar a formalização e geração de novas vagas e oferecer aos cidadãos melhores condições de trabalho.
“A dignidade humana se expressa por meio do trabalho. O compromisso, a energia e a dedicação que cada cidadão deposita no seu ofício são os melhores instrumentos para a sua plena libertação e para a superação dos obstáculos impostos por um sistema injusto de produção e acesso a bens de consumo e serviços. A classe trabalhadora brasileira tem um desafio enorme a suplantar”, avaliou o líder comunista.
Sem retrocessos
O parlamentar afirmou, em discurso no plenário da Câmara que, “nós, do PCdoB, sentimos orgulho de ter participado ativamente desse período de fortalecimento da democracia, e queremos que não haja interrupção da trajetória vitoriosa que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff proporcionaram ao país”, explicou.
Ele criticou “as forças que querem calar a voz dos trabalhadores e forjar a ruptura da ordem democrática”, para reimplantar no Brasil velhos padrões de opressão. “A maior prova disso é o fato de a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ser a maior patrocinadora das manifestações contrárias à presidenta Dilma”, destacou.
“Essa mesma instituição é a maior fiadora das proposições que visam tirar direitos dos trabalhadores, como o projeto que permite as terceirizações em toda a cadeia produtiva e a proposta que determina que o negociado possa prevalecer sobre o legislado”, afirmou o parlamentar, citando dois projetos que tramitam no Congresso, patrocinados pelos patrões e que sofrem resistência dos trabalhadores.