Publicado 10/05/2016 13:36 | Editado 04/03/2020 17:06
Passamos por um momento muito conturbado onde golpistas colocam em risco a soberania do país e a democracia que foi construída com tanto sangue e suor do povo brasileiro. Povo este que lutou contra uma ditadura que durou 21 anos e deixou sua marca de sofrimento e atraso para o Brasil, onde não se tinha liberdade, onde não podia ter opinião, onde se era julgado e condenado sem provas e ainda pior, condenado por defender seu país, suas ideias e de correr atrás de um sonho: um pais livre e democrático!
Um país de atrasos, onde se comia pela manhã sem saber se pela noite iriam ter alimento. Onde milhares de pessoas morriam de fome e, no caso do Nordeste, morriam até de sede. Onde famílias inteiras mendigavam nas estradas do país atrás de dinheiro para levar alimento para sua casa. Onde um pai de família, uma mãe de família não tinha perspectiva alguma para seu futuro e muito menos para o futuro do seu filho, que era obrigado a trabalhar logo cedo para não morrer de fome e não ver sua família sofrendo por falta de comida. Isso quando nascia e sobrevivia, por que a mortalidade infantil era altíssima onde de cada mil brasileiros nascidos vivos 29,7% morriam antes de completar um ano de idade.
Em um país que não priorizava a educação e que não se construíam universidades, não tinha investimentos na área técnica, muito pelo contrário, pois naquele tempo eles proibiam o investimento da união na criação de escolas técnicas, uma parte estratégica para a soberania nacional, onde não se dava oportunidade para o filho do pobre poder estudar e ter uma chance na vida, onde a esmagadora maioria da juventude não terminava nem o ensino médio e os que terminavam não conseguia entrar numa universidade por falta de oportunidade, por falta de politicas governamentais para a juventude e para a sociedade em um todo. Onde a classe dominante brasileira não tinha olhos para a parte sofrida da sociedade, que morava em periferias e eram negros que tinha e tem muitas necessidades que não são respeitadas e nem saciadas.
Aquele era um país de poucos e governado para poucos! Nota-se que ainda tinham muitas famílias que moravam em casas de taipa e barro, em situações precárias para uma pessoa sobreviver. Sem energia elétrica em sua casa, sem o mínimo de conforto que colocava a saúde da família em perigo, com um IDH ridículo que no ano de 2000 chegou a 71,5% dos municípios brasileiros que estavam nas faixas de baixo e muito baixo desenvolvimento. A pobreza e a extrema pobreza se alastrava no país cada dia mais, e a taxa de brasileiros desempregados chegava a 12,2% num país de desigualdades sociais.
Por isso a juventude do nosso país grita em alto e bom som que não queremos retroceder, não vamos volta no tempo onde não se tinham oportunidades, não queremos um punhado de golpistas que não tem a mínima responsabilidade com o Brasil e a democracia. Não iremos permitir que retirem da presidência uma presidente legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos, que representa o projeto escolhido nas urnas, pela maioria dos brasileiros e brasileiras! Quero que os deputados e senadores respeitem o voto dos brasileiros, que no dia 26 de outubro de 2014 saíram de suas casas para cumprir com o seu dever de cidadão e preservar seu direto de escolher o Presidente do seu país. Mas tenho certeza que a história não perdoará traidores, e que todos que contribuíram pra essa farsa acontecer serão lembrados nos livros de história, no decorrer do tempo e serão nomeados como Golpistas!
*Frederico Germano é estudante e diretor da UJS