Boulos: Movimentos vão enfrentar política de "terra arrasada"

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS), Guilherme Boulos, afirmou que a partir desta quinta-feira (12), o Brasil começa a experimentar uma ”política de terra arrasada” e de regressão nos direitos sociais sem precedentes na história recente. Na quarta-feira (11) o Senado aprovou a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, que será afastada por 180 dias.

Por Railídia Carvalho

Guilherme Boulos na Marcha da Água - MTST

Guilherme disse que a mobilização permanece e destacou a atuação das Frentes Povo Sem medo e Frente Brasil popular na mobilização contra o golpe. “O movimento social brasileiro demonstrou forte resistência e impulsionou através de um campo amplo a mobilização e a resistência ao golpe”, avaliou.

 
“Neste momento o movimento social vai ter o desafio e a tarefa de enfrentar um governo golpista eleito pela via indireta com um golpe institucional e parlamentar; e ao mesmo tempo, enfrentar uma política de terra arrasada que que visa acabar com os direitos sociais do país e adotar uma política de regressão social sem precedentes na história recente”, completou Boulos.
 
Ele confirmou que os ataques ao movimento social ganham força em um governo Temer. “A resposta de um governo ilegítimo é recorrer à repressão e à criminalização do movimento social”, respondeu por telefone ao Portal Vermelho.  O dirigente lamentou a sanção pela presidenta Dilma da lei anti-terrorismo que, na opinião dele, é o “mecanismo jurídico” que abre o precedente para a perseguição ao movimento social.