UFRN foi palco do debate sobre o Desmonte da Educação no governo Temer

Com a afirmativa de que “a Educação passa por uma das maiores ameaças de sua história”, a senadora Fátima Bezerra (PT) abriu o debate sobre o “Desmonte da Educação”, que tratou das medidas do governo ilegítimo do vice Michel Temer (PMDB) que já agridem direitos e políticas estratégicas do Estado Brasileiro e ameaçam a Educação Pública.

Debate Educação

Em plenária bastante concorrida, convocada pela Frente Brasil Popular e o ADURN-Sindicato, estudantes, professores, servidores e representantes de diversos sindicatos, associações e entidades ligadas à área do ensino discutiram o desmonte das políticas de Estado para a Educação Pública, como a desvinculação de recursos orçamentários para a área e a extinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ao destacar as medidas do governo que já atingem direitos e conquistas sociais, a senadora Fátima Bezerra afirmou que “a Educação tem que se dar conta do caráter dessas medidas”, a exemplo do esvaziamento do Fórum Nacional de Educação (FNE) que compromete a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE).

“A estrutura que o Ministério da Educação tinha para fazer o FNE funcionar foi completamente desconstruída. Esse é um recado preocupante dado pelo governo golpista e seus aliados do DEM e do PSDB”, refletiu.

Presente ao Encontro, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) apresentou dados que compravam que, se o projeto expresso no documento lançado no ano passado pelo PMDB, intitulado “Ponte para o Futuro”, tivesse sido aplicado nos últimos anos, o orçamento da educação teria sofrido redução de 52%.

“De 2003 até 2015, a função educação teve investimentos de R$ 580 bilhões nos governos Lula e Dilma. Com esse modelo defendido pelos golpistas, isso seria reduzido 52%. Apenas na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, na área da Educação Básica, nossos governos aplicaram R$ 431 bilhões. Pelo projeto de Temer, seriam só R$ 238 bilhões. De 2005 até 2014, foram aplicados R$ 36 bilhões no Fies. Com Temer, seriam apenas R$ 17 bilhões”, detalhou.

Para Mineiro, os dados demonstram “o tamanho da responsabilidade que temos no sentido de nos apropriarmos das informações para disputarmos a opinião da sociedade e, assim, derrotarmos o golpe”.

Ao encerrar as discussões, o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, reafirmou o compromisso com a defesa da Democracia e o fortalecimento da Frente Brasil Popular, e conclamou os professores presentes a participar da Assembleia que o Sindicato está chamando para o próximo dia 7 de junho, quando será discutida a paralisação para o dia 10 de junho e o indicativo de greve para ser plebiscitado.

O dirigente avaliou o momento como muito grave, levantou a preocupação com os ataques que os servidores públicos já estão sofrendo com as medidas nocivas do governo interino e ressaltou os desafios para travar a luta dos movimentos sindicais em um contexto de golpe.