China protesta contra protecionismo dos EUA no setor de aço

Os Estados Unidos devem ser mais prudentes ao usar medidas de defesa comercial no setor de aço, pois isso prejudica os interesses das empresas norte-americanas e de outros países, disse nesta terça-feira (28) o Ministério do Comércio da China.

Porto de Xangai

Na sexta-feira, a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos afirmou que sua indústria doméstica foi "materialmente prejudicada" pelas importações de produtos de aço resistentes à corrosão desde a China, Índia, Itália e República da Coreia.

Em uma determinação no último mês, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos fixou um imposto antidumping de 209,97% e taxas compensatórias de pelo menos 39,05% para os produtos chineses.

A decisão final de sexta-feira foi a segunda feita pela autoridade comercial dos Estados Unidos contra a importação do aço chinês na semana passada. Na quarta-feira, os Estados Unidos decidiram impor tarifas antidumping e de compensação sobre produtos planos de aço laminados a frio da China.

Tarifas altas conduzirão a saída destes dois tipos de produtos chineses do mercado norte-americano e danificarão os interesses dos exportadores chineses, que tinham expressado descontentamento, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado.

A China está tomando e continuará a tomar todas as medidas possíveis, incluindo apresentação de queixas à Organização Mundial do Comércio (OMC), para buscar tratamento justo para as empresas chinesas e proteger seus interesses, disse a pasta.

A longo prazo, as medidas protecionistas dos Estados Unidos farão que sua própria indústria siderúrgica perca competitividade, e deste modo afetarão sua economia, advertiu.

As dificuldades atuais na indústria de aço de todo o mundo são o resultado da crise financeira global, e o uso de frequentes medidas protecionistas não ajudará a resolver a questão, indicou a pasta.