Goiás sem transfobia é o lema da parada LGBT

O Dia do Orgulho LGBT encerra as atividades do calendário do movimento, que este ano realizou palestras sobre direitos humanos nos postos de saúde da Capital

Em comemoração ao Dia do Orgulho LGBT em Goiás, o comitê organizador do evento convida para uma concentração que acontecerá no dia 21 de agosto, domingo, marcando o encerramento das atividades do calendário que se iniciou em 28 de julho, com palestras nos postos de saúde do município e seminários sobre direitos humanos. A festa faz parte da XXI Parada do Orgulho LGBT, movimento realizado anualmente em diversas capitais do país. “Este ano, o tema predominante é ‘Goiás sem transfobia’, como forma de exaltar a luta contra os assassinatos de pessoas transexuais, vítimas de preconceito de nossa sociedade”, disse Beth Fernandes, coordenadora da XXI Parada do Orgulho LGBT, de Goiânia, e integrante do Fórum de Transexuais de Goiás. A concentração está prevista para acontecer às 12 horas, no comitê organizador, na Avenida Araguaia com a Avenida Contorno.

O movimento que culminou com a Parada do Orgulho LGBT no Brasil faz parte de uma mobilização nacional, como forma de combater a transfobia, palavra usada para definir atitudes de aversão ou discriminação contra pessoas transexuais, baseada na expressão de sua identidade de gênero. O Brasil é o país campeão em assassinatos de pessoas LGBT em todo mundo. Na pauta do movimento está a efetividade da atuação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, assegurado pelo Decreto nº 7.388, promulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, um dos últimos atos do primeiro governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dentre as ações do Conselho está a criação do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, que resguarda a esses grupos os mesmos direitos assegurados a qualquer cidadão ou cidadã pela Constituição Federal. O plano orienta a construção de políticas públicas de inclusão social e de combate às desigualdades para a população LGBT.

Apesar de publicado em 2009, os movimentos ainda lutam por sua execução. O Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT contempla os direitos civis dos homossexuais, como o casamento de pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por casais homoafetivos e a criminalização da homofobia.