Nicolás Maduro repreende complô da “tríplice-aliança” no Mercosul

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, usou seu programa semanal de televisão nesta terça-feira (20) para enviar um recado aos países que compõe a “tríplice-aliança” (Argentina, Brasil e Paraguai) e tentam sabotá-lo no Mercosul. “Se nos mandam embora pela porta, nós entraremos pela janela, mas do Mercosul ninguém tira a Venezuela”.

Nicolás Maduro - Efe

Há pouco mais de uma semana a Argentina, o Paraguai e o Brasil anunciaram que a Venezuela tem até dezembro para cumprir alguns requisitos pendentes para ingressar no bloco, caso contrária será expulsa. Um complô encabeçado pelo ministro ilegítimo José Serra também impediu que o país de Maduro assumisse a presidência pró-tempore do organismo, depois que o Uruguai cumpriu seu período na função.

A presidência pró-tempore é rotativa e transferida a cada seis meses de acordo com a ordem alfabética. Logo, depois do Uruguai o responsável por assumir o bastão é a Venezuela. Mas a “tríplice-aliança” conseguiu impedir que o processo fosse feito de acordo com o regulamento do bloco e tratou de criar uma “presidência conjunta” até que a questão da Venezuela seja resolvida. Mas o objetivo, por fim, é expulsar o país do bloco.

Maduro rechaçou o ultimato dos três países, ambos com governos neoliberais, que tentam mudar o caráter de integração e cooperação mútua do bloco. Afirmou ainda que seu país exerce “plenamente a presidência” pró-tempore.

"O que está tentando fazer a tríplice-aliança dos governos neoliberais, de direita, antipopulares, pró-imperialistas de Paraguai, Brasil e Argentina não tem nome", disse Maduro.

Esta sabotagem, inflada por José Serra, prejudica gravemente o desenvolvimento da integração latino-americana porque paralisa as operações cotidianas do Mercosul. Desde o início do problema, o Uruguai é o único país que se posiciona de maneira justa e respeitosa em relação à Venezuela.