Conselho de Segurança da ONU recebe acordo de paz da Colômbia

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, entregou nesta quarta-feira (21) ao Conselho de Segurança da ONU o recente acordo de paz firmado entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Acordo de paz para o conselho de segurança da ONU - Efe

Em seguida, em seu pronunciamento na 71ª Assembleia Geral das Nações, Santos afirmou sua satisfação em, após meio século de conflito, "poder anunciar com toda a força da minha voz e do meu coração que a guerra na Colômbia terminou”.

Aplaudido diversas vezes durante seu discurso, Santos declarou que o acordo teve como principal característica estar centrado na proteção e na garantia dos direitos às vítimas.

"É a primeira vez que um processo de paz coloca no centro as vítimas do conflito e inclui um enfoque de gênero para a igualdade entre homens e mulheres”, disse.

O documento foi entregue à presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas na presença do secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, que confirmou que estará na próxima segunda-feira (26/09) na cerimônia de assinatura do acordo final de paz entre as partes em Cartagena das Índias, no norte da Colômbia.

“Em um momento em que há tantos conflitos, a paz da Colômbia dá uma mensagem muito poderosa”, disse Ban Ki-moon que também agradeceu a Cuba e a Noruega, mediadores dos diálogos, e ao Chile e Venezuela, que também acompanharam o processo.

Na última segunda-feira (19), o integrante da cúpula das Farc Pablo Catatumbo afirmou que os delegados da guerrilha reunidos na 10ª Conferência Nacional Guerrilheira, que ocorre em Llanos del Yarí, no departamento de Meta (sul da Colômbia), têm manifestado “apoio unânime” ao acordo de paz com o governo colombiano.

Durante o encontro, que terminará nesta sexta-feira (23), a expectativa é de que as Farc ratifiquem o acordo, a deposição das armas e sua transformação em um partido ou movimento político.

O acordo entre o governo e a guerrilha, firmado em 24 de agosto, será submetido a um plebiscito em 2 de outubro para ser validado pela população colombiana.