Denúncia contra Temer: Bancada cearense fica dividida

A Câmara dos Deputados rejeitou, na última quarta-feira (25), denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) por obstrução de justiça e organização criminosa. Dos 22 deputados cearenses, 11 votaram pela continuidade das investigações enquanto dez optaram por rejeitar as acusações. Houve ainda uma ausência (Adail Carneiro – PP).

Denúncia contra Temer: Bancada cearense fica dividida

Comparada à primeira votação, realizada em agosto deste ano, a bancada do Ceará manteve a quantidade de votos contrários ao governo. Naquele 2 de agosto, onze dos vinte e dois deputados federais do Ceará votaram pela admissibilidade de denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), na época por corrupção passiva, enquanto nove parlamentares cearenses votaram a favor do relatório. Já na segunda votação, os votos favoráveis aumentaram devido à participação de Raimundo Gomes de Matos (PSDB), que esteve ausente da votação da primeira acusação.

Votaram contra o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a inadmissibilidade da autorização da Câmara para que STF iniciasse as investigações contra Temer e seus ministros os parlamentares cearenses Chico Lopes (PCdoB), André Figueiredo (PDT), Luizianne Lins (PT), José Airton (PT), José Guimarães (PT), Ariosto Holanda (PDT), Leônidas Cristino (PDT), Vicente Arruda (PDT), Odorico Monteiro (PSB), Vitor Valim (PMDB) e Cabo Sabino (PR).

Votaram a favor de Temer os deputados Aníbal Gomes (PMDB), Danilo Forte (PSB), Domingos Neto (PSD), José Macedo (PP), Genecias Noronha (SD), Gorete Pereira (PR), Moses Rodrigues (PMDB), Paulo Lustosa (PP), Vaidon Oliveira (DEM), Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Ronald Martins).

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O placar final da votação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) teve 251 votos contra denúncia e 233 favoráveis e duas abstenções. No total, foram 486 votantes e 25 ausentes.

Com a decisão, a denúncia é suspensa e só pode ser retomada depois que Temer deixar a Presidência da República.