Venezuela condena declarações dos EUA sobre golpe militar no país

O governo venezuelano respondeu nesta sexta-feira (2/02) às declarações do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, nas quais sugeria um golpe militar na Venezuela para que, segundo ele, o país "retornasse à Constituição".

Nicolás Maduro - Divulgação

Em comunicado oficial, o governo da Venezuela, afirmou que "condena categoricamente as novas e graves ameaças do regime dos Estados Unidos da América contra a paz, a estabilidade e a democracia na Venezuela".

Ainda segundo a nota oficial do governo, "o secretário de Estado Rex Tillerson, tornou pública a intenção de seu governo de provocar uma mudança violenta do presidente constitucional da Venezuela. Washington confessa assim suas intenções de agressão, contrárias aos mais elementares princípios do Direito Internacional Público que regem as relações entre as nações civilizadas".

O comunicado do governo de Nicolás Maduro veio após declarações feitas pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, durante um evento na Universidade do Texas nesta quinta-feira (1/02). "Não defendemos uma mudança de regime ou a retirada do governo do presidente Nicolás Maduro.
Defendemos que eles retornem à Constituição. Na história da Venezuela, como na história de outros países da América Latina, muitas vezes são os militares que lidam com isso", insinuou o membro do governo norte-americano.

Segundo Tillerson, "o regime corrupto e hostil de Nicolás Maduro na Venezuela se agarra a um falso sonho e a uma visão antiquada da região que já causou desilusão em seus cidadãos".

O comunicado divulgado pelo governo venezuelano também citou que muitos países do mundo sofreram com "operações encobertas, clandestinas, guerras de propaganda, bloqueios econômicos e intervenções militares do governo dos Estados Unidos da América". "As insensatas ameaças contra a Venezuela demonstram, mais uma vez, que o governo de Donald Trump se tornou o maior agente de violência, discriminação e humilhação do mundo", afirma o documento.