Manuela: Ficarei feliz em ver uma mulher enfrentar o capital e a elite

Em atividade realizada na noite de segunda-feira (26), que lotou o auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a pré-candidata do PCdoB à presidência da República falou sobre um programa de governo comum a um conjunto de partidos e sobre a possibilidade de sua futura candidatura chegar ao segundo turno das eleições presidenciais deste ano.

Manuela em São Paulo

Abrindo os trabalhos, a deputada estadual Leci Brandão saudou a militância e a pré-candidata, destacando o caráter de Manuela e suas potencialidades. Falando sobre o quadro mais geral, o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, tratou da conjuntura de desmonte do Estado promovida pelo governo golpista. Preparando a intervenção de Manuela, o presidente estadual do PCdoB/SP, deputado federal Orlando Silva falou sobre como a pré-candidatura tem contagiado e empolgado a militância.

Falando sobre suas possibilidades eleitorais, Manuela acredita que, “se tudo der certo, estarei no segundo turno e ficarei muito feliz em ver uma mulher enfrentando o capital financeiro e a elite antinacional e entreguista”. Ela destaca o grande esforço que o PCdoB fez para que o campo progressista chegasse a um consenso sobre um programa para a retomada do crescimento econômico. Não podemos cair nessa disputa que nos colocam numa situação menor.

Com precisão cirúrgica, Manuela afirma: “É importante que a gente perceba que o golpe não foi contra o Lula e o PT, mas sim contra a esquerda e o que nós representamos. É importante quea gente perceba isso, porque disso decorre a postura que cada militante nosso deve ter na condução da sua ação com as outras candidaturas do nosso campo”.

Ela reitera o esforço para estabelecer um pré-programa em comum. Manu considera que não é momento de trocar farpas, de dar munição aos adversários, que não é o momento do campo progressista se dividir e se atacar mutuamente. “Nós temos trajetórias diferentes, cada um dos pré-candidatos do nosso campo. O Ciro é respeitadíssimo e deu uma grande contribuição ao governo do presidente Lula. A candidatura de Lula ou de outra pessoa do PT, trará um companheiro com quem já estivemos juntos. O Boulos, que deve ser o candidato do Psol, é parceiro nosso nas lutas dos movimentos sociais”, afirma.

Para ela, o partido tem uma compreensão profunda do significado da unidade. “É assim que nós nos posicionamos na política. Nós defendemos a unidade e o respeito entre as forças políticas de esquerda porque é isso que permitirá que nós cheguemos a um segundo turno juntos. A nossa unidade não pode e não deve ser artificial. Ela é a unidade do povo que milita e resiste junto ao desmonte do estado brasileiro deste governo golpista”, enfatiza.