Brasil cresce apenas 1,1% com Bolsonaro; “pibinho” é o pior em 3 anos

Fiasco põe ainda mais em xeque a cartilha ultraliberal de Paulo Guedes, ministro da Economia

Bolsonaro e Guedes beneficiam os ricos em detrimento das pessoas mais pobres

Em 2019, primeiro ano sob o governo Jair Bolsonaro, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu somente 1,1%. É o pior desempenho da economia brasileira nos últimos três anos – e um fiasco que põe ainda mais em xeque a cartilha ultraliberal de Paulo Guedes, ministro da Economia. O “pibinho” de Bolsonaro/Guedes foi inferior até mesmo aos últimos resultados (já modestos) do governo Michel Temer. Tanto em 2017 quanto em 2018, a alta do PIB foi de 1,3%.

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Os dados relativos a 2019, divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmam um cenário de semiestagnação econômica. Desde 2013, no primeiro governo Dilma, o PIB brasileiro não cresce ao menos 3%.

No ano passado, todos os setores registraram desempenho medíocre, com avanço de apenas 1,3% na Agropecuária e nos Serviços, além de um crescimento ainda pior na Indústria – de 0,5%. Mesmo atividades industriais que mais cresceram em 2019 – como eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos – não chegaram sequer a 2% de alta.

Conforme esperado, o resultado para as Indústrias Extrativas foi desastroso. Num ano marcado pelo crime da Vale em Brumadinho, o segmento teve queda de 1,1%. O conjunto do segmento esboça uma reação trimestre a trimestre – mas os números da extração de minério de ferro continuam a cair.

Outro indicador do colapso econômico é o estancamento da renda per capita – que mede a divisão do PIB total do País (agora em R$ 7,3 trilhões) pela população brasileira (cerca de 211,4 mihões de habitantes). Segundo o IBGE, descontada a inflação de 2019, o novo PIB per capita, de R$ 34.533 (em valores correntes), oscilou tão-somente 0,3% em relação ao ano anterior.

A balança comercial do País também aponta para a crise. Enquanto as exportações de bens e serviços despencaram 2,5% no ano passado, as importações saltaram 1,1%. Já a taxa de investimento – um dos principais indutores econômicos – segue em patamares baixíssimos: o índice passou de 15,2% do PIB em 2018 para 15,4% em 2019. Segundo o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), a taxa média de investimento em 172 países e regiões é de 26,2%.

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