São Paulo tem recorde de mortes em 24 horas

Estado supera 5 mil mortos e coordenador do Centro de Congingência ao Coronavírus afirmou que “o vírus está vencendo”.

(Foto: Reprodução)

São Paulo registrou 324 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o que representa o maior número desde o começo da pandemia do novo coronavírus. O recorde de óbitos fez o total de vítimas fatais chegar a 5.147.

O estado é o epicentro da pandemia no Brasil e tem 65.995 casos oficiais. Nas últimas 24 horas, 2.929 pessoas foram diagnosticadas com covid-19 – um acréscimo de 5% em relação ao último levantamento.

O grande número de infectados pela covid-19 continua a pressionar as UTIs, principalmente na Grande São Paulo, onde a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 88%.

O coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus, Dimas Covas, afirmou que “o vírus está vencendo”. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que o feriadão é a última cartada da cidade para aumentar o isolamento social.

Bruno Covas sancionou hoje a lei que antecipa dois feriados para amanhã (20) e quinta-feira (21). Além disso, a sexta-feira (22) será ponto facultativo. Ou seja, os moradores da capital paulista terão um feriadão de ao menos cinco dias entre 20 e 24 de maio. O governador João Doria (PSDB) ainda estuda a possibilidade de antecipar para a próxima segunda (25) o feriado de 9 de julho.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência, a pandemia está em uma fase de ascensão. Dimas Covas aproveitou para pedir que as pessoas fiquem em casa no feriadão para conter a disseminação da covid-19.

Presidente do Conselho de secretários municipais, Geraldo Reple Sobrinho ressaltou que existe a preocupação de pessoas viajarem para o litoral e interior e disseminar ainda mais o coronavírus. O governo do estado conversou ontem com prefeitos de todas as regiões para coordenar ações de restrição de circulação.

O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, esteve no encontro e afirmou que o governo vai apoiar todas as atitudes dos municípios para evitar a chegada de turistas. A Baixada Santista é a segunda região que mais preocupa as autoridades de saúde.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais, estão 2.851 homens e 1.972 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 72,9% das mortes. Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (1.161 do total), seguida por 60-69 anos (1.110) e 80-89 (926).

Também faleceram 321 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (685 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (357), 30 a 39 (201), 20 a 29 (42) e 10 a 19 (14), e seis com menos de dez anos.

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,6% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença neurológica (11,4%), doença renal (10,8%) e pneumopatia (9,8%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em risco: 3.894 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,7%) do total.

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