Semana Vermelha: Cresce a onda contra Bolsonaro

Veja o que foi publicado no Portal Vermelho de 12 a 18 de julho

A novidade do noticiário é o avanço na desaprovação popular de Bolsonaro e seu governo, como mostram pesquisas recentes. Cresce o número de pessoas que acham Bolsonaro incapaz de governar e conduz mal a luta contra o novo coronavírus.

Mesmo assim, Bolsonaro continua mentindo e ofendendo – acusou agora a esquerda de querer descriminalizar a pedofilia! – e, por isso, parlamentares pedem à PGR que o processe por crime de responsabilidade e contra a honra. E, na Câmara dos Deputados, contabiliza o movimento “Janelas para a Democracia”, há 48 pedidos de impeachment do presidente. Num momento em que a sociedade civil, personalidades e a CNBB reforçam o pedido de impedimento do presidente.

A onda contra Bolsonaro cresce! [6 em cada 10 pessoas acham Bolsonaro incapaz de governar] – Pesquisa da Vox Populi revela que 59% da população acham Bolsonaro incapaz de governar, e 62% não confiam nele para enfrentar a pandemia. Além disso, 82% consideram ruim a permanência de um militar – e não de um médico – no comando do Ministério da Saúde. A conduta irresponsável e imprudente de Bolsonaro, indo a manifestações e desprezando medidas de contenção da doença, é condenada por 4 em cada 5 brasileiros.

O “chão” do presidente cedeu [O bolsonarismo em crise: a ilusão dos 30%] Análise de 127 pesquisas desde o início do governo mostra queda contínua da popularidade e redução no terço do eleitorado incondicional do presidente. Apesar de um ou outro resultado desviante, como as recentes pesquisas do Datafolha realizadas por telefone, a trajetória agregada indica que desde fevereiro de 2020 houve uma queda bastante pronunciada. A ideia do terço resiliente continua sendo propalada apesar da evidência sugerir que não passa de uma ilusão. O terço simpático a Bolsonaro foi interpretado como sólido por conta da estabilidade da popularidade em face dos quase diários conflitos e das notícias negativas nos campos institucionais, educacionais, ambientais e – por que não? – policiais. Independentemente de suas causas, a análise agregada das pesquisas indica que o “chão” de um terço de apoio já cedeu há alguns meses e vários fatores sugerem que esse pode ser o “novo normal” do futuro próximo. Na realidade, o chão pode ser bem mais embaixo.

Câmara tem 48 pedidos de impeachment [Janelas pela Democracia une sete partidos em ato contra Bolsonaro] O movimento “Janelas pela Democracia”, que reúne o PT, PCdoB, PDT, PSB, PV, Rede Sustentabilidade e Cidadania, realizou na terça-feira (14), seu terceiro ato virtual (live) pelo impeachment de Bolsonaro. Segundo o movimento, há 48 pedidos de impeachment na Câmara Federal. O movimento vai reforçar a pressão social para o Congresso apreciar esses pedidos.

Muito mais gente de armas na mão [Venda de armas de fogo aumenta 200% no 1º semestre] – A venda de armas de fogo subiu de 24.663 unidades, no primeiro semestre de 2019 para 73.985 em 2020, um aumento de quase 200%. São dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Para a Polícia Federal, as flexibilizações das regras de posse e porte de arma de fogo contribuíram para o incremento das vendas.

Sociedade civil e personalidades pedem impeachment [Entidades e personalidades pedem na Câmara impeachment de Bolsonaro] – Representantes de entidades da sociedade civil, movimentos sociais do campo e da cidade, centrais sindicais, movimentos estudantis e religiosos, e personalidades (como Chico Buarque, Walter Casagrande, Arrigo Barnabé, Luiz Carlos Bresser-Pereira, padre Júlio Lancellotti, Lucélia Santos e Dira Paes) protocolam, na Câmara, na terça-feira (14), pedido de impeachment de Bolsonaro.

Mais taxação para os muito ricos [Mais de 80 milionários defendem taxar super ricos; nenhum brasileiro] – A maioria dos signatários vem dos EUA, além de milionários alemães, ingleses, canadenses, holandeses e neozelandeses. A carta é da organização Milionários pela Humanidade e foi assinada por 83 donos de grandes fortunas. Pede aos governos que cobrem mais impostos dos mais ricos para minimizar os efeitos da pandemia. A lista não tem incluiu nenhum superrico brasileiro.

Bispos em defesa do impeachment [Bispos se articulam para criar frente anti-Bolsonaro na CNBB] – Os primeiros 18 meses de governo Bolsonaro serviram para esfriar os bastidores da CNBB. A ala progressista ganhou força diante das notícias ruins do governo e bispos articulam uma frente para que a entidade tenha “influência” no debate contra o governo de Bolsonaro. A ala conservadora está “tímida” com “os despropósitos das medidas de Bolsonaro contra os mais pobres, indígenas e quilombolas.

Urgência na investigação a Bolsonaro [PF quer dados do Facebook sobre contas ligadas a gabinete de Bolsonaro] e [STF libera acesso aos dados do Facebook de contas ligadas a Bolsonano] – A Polícia Federal enviou ao STF pedido de urgência para o Facebook abrir o acesso às contas de pessoas ligadas ao gabinete de Bolsonaro, no âmbito do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos.

Cada vez mais desempregados [Número de desempregados cresce 26% em apenas sete semanas, diz IBGE] – Em meio à pandemia e à política errática de Bolsonaro, a taxa de desemprego cresceu e atingiu o maior percentual em dois meses. São 12.428 milhões de pessoas sem emprego em junho – 2,6 milhões a mais na comparação com a primeira semana de maio. A alta foi de 26% em apenas sete semanas. Os dados são do IBGE, divulgados na sexta-feira (17). A taxa de desemprego ficou em 13,1%.

Bolsonaro mente e ofende, a oposição reage [Oposição ingressa na PGR contra Bolsonaro pelo crime de difamação] – Parlamentares da oposição protocolaram, na quinta-feira (16), representação à Procuradoria-Geral da República para responsabilizar Bolsonaro por crime contra a honra e de responsabilidade, e pedem a abertura de investigação contra o presidente. Na terça-feira (14), numa propaganda de uma iniciativa do Ministério da Família, Bolsonaro afirmou no Twitter que a esquerda “busca meios de descriminalizar a pedofilia, transformando-a em uma mera doença ou opção sexual”.

Queiróz pagou contas da esposa de Flávio Bolsonaro [Queiróz faz depósito na conta da mulher de Flávio Bolsonaro, revela MP] – O Ministério Público do Rio de Janeiro revelou que Fabrício Queiroz fez vários depósitos, em dinheiro vivo, na conta da mulher do senador Flávio Bolsonaro, em pagamento de boletos e compra de imóveis.

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