Em alta desde julho, salário mínimo necessário chega a R$ 5.289,53
O valor cresceu 5,66% em relação a outubro, quando foi calculado em R$ 5.005,91.
Publicado 08/12/2020 15:31 | Editado 08/12/2020 17:41
O salário mínimo necessário para atender às necessidades de uma família de dois adultos e duas crianças chegou a R$ 5.289,53 em novembro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é calculado com base no valor da cesta básica mais cara do país, que no mês passado foi a do Rio de Janeiro, ao custo de R$ 629,63.
O valor do salário mínimo necessário aumentou 5,66% em relação a outubro, quando foi calculado em R$ 5.005,91. Desde julho, o valor mínimo para o sustento de uma família registra aumento constante, com taxa média mensal de crescimento de 4,6%. A maior alta foi entre agosto e setembro, quando o valor passou de R$ 4.536,12 para R$ 4.892,75, ou seja, elevação de 7,86%.
Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Dieese, em novembro os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, aumentaram em 16 de 17 capitais pesquisadas.
As maiores altas foram registradas em Brasília (17,05%), Campo Grande (13,26%) e Vitória (9,72%). O custo da cesta básica diminuiu apenas em Recife, com queda de 1,3%. Além do arroz, óleo de soja e da carne, o tomate e a batata também apresentaram expressivos aumentos na maioria das cidades.
O valor do óleo de soja subiu em 16 capitais, com destaque para Brasília (22,66%), Belém (16,64%), Aracaju (12,93%) e Florianópolis (11,87%). O preço médio do arroz agulhinha também subiu em 16 cidades, com variações entre 2,12%, em Porto Alegre, e 15,24%, em Brasília. Já o preço médio da carne bovina de primeira registrou alta em todas as capitais: variou de 1,64%, em João Pessoa, a 18,41%, em Brasília
As altas da batata oscilaram entre 13,99%, em Curitiba, e 68,32%, em Vitória. Entre outubro e novembro, o valor do tomate subiu em 15 cidades, com oscilações que foram de 1,91%, em Natal, a 61,05%, em Brasília. Houve quedas no preço do fruto em Recife (-3,08%) e Aracaju (-2,59%).