Sob clima tenso, parlamentares elegem novas Mesas da Câmara e Senado

Por meio da liberação de emendas e oferecimento de cargos, o governo Bolsonaro comprou votos de parlamentares e provocou um clima tenso nas disputas

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A fim de evitar um processo de impeachment do presidente, o governo Bolsonaro investiu pesado nas eleições para as Mesas da Câmara e do Senado, que acontecem nesta segunda-feira (1º). Por meio da liberação de emendas e oferecimento de cargos, o executivo comprou votos de parlamentares e provocou um clima tenso nas disputas.

Numa reunião na noite deste domingo (31), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cogitou aceitar um dos mais de 60 pedidos de impeachment contra o presidente, que só começa a tramitar após decisão dele.

O DEM decidiu se retirar do bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Maia. O deputado Arthur Lira (PP-AL), escolhido de Bolsonaro, ficaria com o apoio de 15 parlamentares do partido, o que reforça seu favoritismo no processo.

Por conta disso, partidos como o PT ameaçam retirar o apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa à Presidência do Senado. O candidato é favorito para vencer a eleição contra os candidatos Simone Tebet (MDB-MS), Major Olímpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS).

A eleição naquela Casa está programa para começar às 14h. Vence em 1º turno o candidato que conseguir ao menos 41 votos. Não alcançado os votos suficientes, será realizado o segundo turno.

Câmara

Na Câmara, a eleição começara às 19h e o candidato precisa alcançar 257 votos para evitar um segundo turno de votação. Há expectativa de que o processo alcance a madrugada.

Além de Baleia Rossi e Arthur Lira, são candidatos Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG), Fábio Ramalho (MDB-MG), General Peternelli (PSL-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

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