O 7 de Setembro é do povo, da soberania e do desenvolvimento

No dia da pátria, o vendilhão de almas conclama sua claque para garantir a insolvência da Nação, o genocídio planejado, a destruição dos valores civilizacionais conquistados a duras penas pela gente que trabalha e constrói as riquezas e pouco usufrui.

Manifestação Fora Bolsonaro em Brasília, por Ricardo Stuckert

Vivemos o ápice da incongruência nacional, o sequestro dos símbolos da pátria, o marco formal da independência, abusados por aqueles que, além de venderem o Brasil, o traem compulsivamente, odeiam o povo brasileiro e são herdeiros da Casa Grande.

O Sete de Setembro, o 15 de novembro, o 13 de maio, a Semana de Arte Moderna e a Revolução de 30, efemérides significativas da evolução política, econômica e cultural do país, pouco são lembradas como resultado de lutas e amadurecimentos, mas como conquistas das classes dominantes ou simples ajustes aos interesses externos. Os artífices dos movimentos emancipatórios sempre foram relegados à assistência imbecilizada ou coadjuvantes subalternos sem interesses e desfibrados.

O pensamento crítico até hoje sofre essa influência degenerativa. Olha-se a história negando sua essência. Esse país é o Brasil por causa de seu povo, basta olhar para todas as construções civilizacionais que inspiram o mundo. Se dependesse dos senhores de engenho e seus descendentes seríamos uma grande fazenda escravocrata.

No dia da pátria, o vendilhão de almas conclama sua claque para garantir a insolvência da Nação, o genocídio planejado, a destruição dos valores civilizacionais conquistados a duras penas pela gente que trabalha e constrói as riquezas e pouco usufrui. É o escracho instituído e a podridão estabelecida.

Essa encenação usurpadora e dantesca promovida pela escória não vingará. O Brasil atropelou a todos os ditadores, somou na derrota do nazifascismo, está entre as nações que mais desenvolveram, forjou um povo diverso e único. Sua presença no mundo revela potencial, sem ufanismos, geopolítico, de desenvolvimento econômico, social e humano, cultural.

Não passará quem constrói valhacouto com mentiras, se ilude com gritos fanáticos; covarde, pusilânime e cínico, cujo projeto é a terra arrasada, a morte, para disputar os restos com as hienas e ratos.

O chefete de milícias cisma em vagar insepulto, disposto a contaminar tudo por onde passa. Disposto a tudo para defender os negócios e a renda da família. Não tem compromisso a não ser consigo mesmo e sua prole. Se apoia, hoje, na cooptação deslavada, no medo, na chantagem, em iguais a si, que ainda são muitos; em teatro sofrível.

Não se sustenta, nem com as armas, o inconfiável, o desprovido de condições para cargo. Não se sustenta quem o povo já não quer e foi abandonado pelas classes dominantes.

Portanto, já é tempo de uma grande frente política e democrática livrar o País desse entulho infeccioso antes que torne-se rei posto pelos donos do poder.

Todos os patriotas devem ocupar as ruas nesse 7 de Setembro para espantar de vez os fakes e o Genocida do Planalto.

Rio Maria, 6 de setembro de 2021

Érico Leal é Licenciado em Geografia

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