Com maior média de contágios desde julho, começa a alta de óbitos

Com 617% de aumento de casos em duas semanas, dez estados entram no vermelho com aumento de mortes. Enquanto isso, governo mantém apagão de estatísticas que deixa especialistas no escuro.

Centenas de voos nacionais e internacionais estão sendo cancelados nos aeroportos brasileiros por falta de tripulação, incluindo pilotos e copilotos. A situação tem sido provocada pelo aumento das dispensas médicas no mês de janeiro por covid-19 e influenza.

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 22.558.695. De ontem para hoje, foram confirmados 34.788 diagnósticos positivos da doença. Ontem, o painel de informações da pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.523.907.

Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 36.227  a maior registrada desde 29 de julho do ano passado (quando estava em 44.974). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +617%, indicando tendência de alta nos casos da doença.

Ainda estão sendo acompanhados 302.471 casos de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Por conta do apagão de dados e instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde, que adia o pleno restabelecimento das estatísticas, cientistas não conseguem estimar a exata gravidade deste momento da pandemia no país. A base de dados mais completa é feita pelo consórcio de veículos de imprensa.

As mortes em consequência de complicações associadas à covid-19 passaram de 620 mil no Brasil. O país registrou, em 24 horas, mais 110 óbitos pela doença e, com isso, o total de mortes chegou a 620.091. Até ontem (9), o sistema de informações da pandemia marcava 619.981 falecimentos.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias foi a 128. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +17%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Ainda há 2.882 mortes em investigação, dados que não vêm sendo atualizados nos últimos dias. Os casos em investigação referem-se a registros em que a determinação da causa da morte demanda exames e procedimentos posteriores ao falecimento.

O total de infectados com a variante Ômicron no país chegou a 392 – 121 em São Paulo, 58 no Rio de Janeiro, 40 casos no Ceará e 38 em Goiás e Santa Catarina. Ainda há 708 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (312), Rio Grande do Sul (234) e Minas Gerais (114).

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta segunda-feira (10). A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ou nos dias seguintes a feriados por causa da redução das equipes que alimentam os dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários por causa da atualização dos dados acumulados.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado que registra mais mortes por covid-19 é São Paulo (155.384), seguido por Rio de Janeiro (69.532), Minas Gerais (56.743), Paraná (40.917) e Rio Grande do Sul (36.484).

Os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.852), Amapá (2.024), Roraima (2.078), Tocantins (3.953) e Sergipe (6.062). De ontem para hoje, não houve registro de mortes no Acre, no Amapá e em Roraima.

As mortes em consequência de complicações associadas à covid-19 superaram as 620 mil no dia 10/01/2022.
As mortes em consequência de complicações associadas à covid-19 superaram as 620 mil no dia 10/01/2022. – 10/01/2022/ Divulgação/ Ministério da Saúde
  • Cenário de óbitos também começa a preocupar com alta em dez estados: AL, PA, MT, BA, CE, TO, SP, MG, RO, PR.
  • Em estabilidade estão 6 estados, enquanto outros dez mais o DF permanecem em queda (RN, SC, RS, DF, RJ, GO, ES, MS, PB, AP, RR).
Estados no vermelho começam a aumentar

Vacinação: 67,80%

Até o dia de hoje, foram aplicadas 333,6 milhões de doses de vacinas contra covid-19 no Brasil. São 161,7 milhões os brasileiros que receberam a primeira dose (75,81% da população) e 144,5 milhões os que tomaram a segunda dose ou dose única. Este número representa 67,80% da população. A dose de reforço foi aplicada a 15,5 milhões de pessoas, 14,09% da população.

11 estados não divulgaram dados da vacinação.

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