Tragédia humana: Bolsonaro deixa 1,3 milhão de famílias sem Auxílio Brasil

Oito mil delas vivem nas ruas e 233 mil têm filhos com até quatro anos. São grupos que deveriam ter prioridades

(Foto: Jorge Araujo/Fotos Públicas)

Apesar de decretar sigilo parcial sobre os números, o governo Bolsonaro não conseguiu esconder o que está sendo considerada uma tragédia humana. 1,3 milhão de famílias no Brasil, mesmo habilitadas, estão na fila de espera para receber os R$ 400,00 do Auxílio Brasil. Oito mil delas vivem nas ruas e 233 mil têm filhos com até quatro anos. São grupos que deveriam ter prioridades.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) chegou aos cálculos com base em dados do Cadastro Único (o Cecad). Divulgados pelo Estadão, os números bateram em 1,3 de famílias sem o auxílio no mês de março. No editorial desta terça-feira (17), o jornal diz que, se funcionasse, “o Auxílio Brasil ainda seria um modesto alívio para os problemas agravados pelo desgoverno bolsonariano. A fila dos pobres não anda.”

“É um absurdo pensar que em meio a esta crise, cerca de 1,3 milhão de famílias ainda esperam por receber o pagamento do Auxílio Brasil, enquanto o governo usa o benefício como politicagem”, reagiu o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Leia também: 1,8 milhão de famílias entram na pobreza extrema nos dois primeiros meses deste ano

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a vitrine eleitoral de Bolsonaro “está dando água” e o povo que precisa passando necessidade.

O deputado Frei Anastácio (PT-PB) lembrou que Bolsonaro deixou 22 milhões de famílias sem renda com o fim do Bolsa Família e do auxílio emergencial. “Bolsonaro usa o Auxílio Brasil como barganha eleitoral”, criticou.

“O Bolsa Família, um dos programas sociais mais importantes do mundo, foi para o lixo com Bolsonaro. No lugar dele, o oportunista genocida, de olho apenas nas eleições, criou o Auxílio Brasil, que já está cheio de entraves para a concessão do benefício”, protestou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Autor