Lula afirma que é preciso vencer a fome

Em Natal, ex-presidente visita Feira Nordestina de Agricultura Familiar e encontra-se com governadores do Nordeste.

Foto: Reprodução da Internet

Após ter afirmado na véspera, em ato público de pré-lançamento da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil ao governo de Minas Gerais nesta quarta (15), ser preciso recuperar o Brasil e vencer a fome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou na tarde do feriado de Corpus Christi (16), a Feira Nordestina de Agricultura Familiar em Natal.

Lula cumpriu agenda em Natal acompanhado da presidente nacional do partido, a deputada federal paranaense Gleisi Hoffman) e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e pré-candidato do PSB a vice-presidente e “Janja”, mulher dele. Antes da visita à feira, Lula almoçou com governadores do Consórcio do Nordeste.

Antes da reunião com Lula, os governadores reuniram-se e, segundo informou ao jornal Tribuna do Norte a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, o principal tema da reunião foi a limitação da cobrança de ICMS dos combustíveis a 17%. “Em pleno exercício fiscal vem uma medida como essa, que afeta as finanças de estados e municípios de maneira muito grave”, criticou. “Isso não vai resolver  o problema dos aumentos abusivos da gasolina no país, porque a verdadeira causa da explosão dos preços de combustíveis, reside na política adotada pela Petrobras, que é a política indexada ao dólar”, acrescentou a governadora para a qual o presidente da República “precisa ter a coragem, a determinação de fazer a mudança na raiz do problema, alterando essa modelagem de vincular o preço da gasolina à alta do dólar “.

Guerra contra a fome

“A minha guerra é contra a fome, que envolve 54 milhões de almas nesse país, e como é que nós vamos vencer essa guerra? É tentando ter o mínimo de inteligência. Eu aprendi dentro de uma fábrica que é preciso fazer com que as pessoas mais humildes ganhem um pouco mais e as pessoas um pouco mais ricas ganhem um pouco menos. É repartir o pão para que todo mundo tenha o direito de comer um pedaço desse pão. É assim que diz a nossa Constituição, é assim que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos e é assim que está escrito na bíblia e é por isso que jesus cristo morreu para nos salvar. A tentativa de fazer com que as coisas fossem repartidas para todos”, declarou na véspera, em Minas Gerais.

Lula afirmou que o Brasil hoje está bem pior do que era quando ele assumiu o primeiro mandato em 2003 e que tem orgulho de passar para a história como o presidente que mais fez universidades e escolas técnicas, de ter gerado 22 milhões de empregos com carteira assinada, de ter aumentado o salário mínimo em 74%, de ter destinado 51 milhões de hectares de terra à reforma agrária e de ter criado o PAA para comprar comida de pequenos produtores para dar de graça para quem precisava: “Se não fossem vocês, eu não teria feito. Foram vocês que confiaram, foram vocês que acreditaram”.

De acordo com Lula, o caminho passa pela inclusão dos pobres nos orçamentos da prefeitura, do Estado e da União. “As pessoas querem levantar de manhã e tomar café, tomar café com leite, pão com manteiga, se tiver uma goiabada cascão aqui de Minas, melhor ainda. A gente quer ter o direito de comer frango com quiabo no domingo. A gente precisa acabar com a mania de achar que pobre não gosta de coisa boa. A gente quer comer bem, a gente quer se vestir bem. Os nossos aposentados têm que ter direito de ter remédio de graça. Minha Casa Minha vida é uma obrigação do Estado garantir o direito de moradia”, acrescentou.

Com informações do portal lula.com.br e do jornal Tribuna do Norte