União por Lula: Congresso da UJS reúne Haddad, Alckmin e França 

“Este encontro demonstra a unidade daqueles que, muitas vezes, têm divergências, mas que sabem nesse momento o que tem que fazer: derrotar Bolsonaro”, disse o presidente nacional da UJS, Tiago Morbach.

Foto: Diogo Zacarias

O segundo dia do 21° Congresso da UJS (União da Juventude Socialista) começou com ato político com o pré-candidato ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad, o pré-candidato à vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e o pré-candidato ao Senado por São Paulo, Márcio França.

Na ocasião, o presidente nacional da UJS, Tiago Morbach, destacou a união pela democracia a fim da recuperação da cidadania pelo povo e da reestruturação do Brasil.

“Este encontro demonstra a unidade daqueles que, muitas vezes, têm divergências, mas que sabem nesse momento o que tem que fazer: derrotar Bolsonaro”, falou.

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Interesse Nacional

Foto: Diogo Zacarias

Na mesma linha, Fernando Haddad destacou os posicionamentos de Alckmin e França pela unidade contra Bolsonaro.

“É na hora da crise que a gente vê quem coloca o interesse nacional na frente do interesse pessoal. Aqui separamos os estadistas dos políticos tradicionais que pensam no próprio umbigo”, disse.

“Estamos há muito tempo comemorando conquistas do passado. Agora precisamos olhar para frente, para os desafios dos próximos anos e celebrar novas vitórias”, concluiu o pré-candidato ao governo de São Paulo que indicou trabalho para atender as reivindicações da juventude.

“Tirar o fascistoide”

Em sua fala, Alckmin falou sobre a violência bolsonarista na tentativa de intimidação, destacando a urgência de tirá-lo do poder.

“Vivemos tempos tristes. Em Uberlândia jogaram veneno no povo. Na Cinelândia uma bomba caseira. Invadiram a festa em Foz do Iguaçu de aniversário e mataram o Marcelo Arruda. Fiquei sabendo agora que atacaram o Freixo no Rio de Janeiro. Precisamos tirar esse fascitoide que está na presidência da República”, disse Alckmin.

“O país não cresce, saiu do mapa do mundo para entrar no mapa da fome, do desemprego. Vivenciamos o triste momento da educação, o negacionismo na saúde e a devastação da Amazônia”, completou o pré-candidato à vice-presidência, ao indicar que junto ao Lula irá trabalhar para a geração de emprego e renda, de oportunidades, crescimento inclusivo e combate às desigualdades.

Rebeldia

Já o pré-candidato ao Senado, Márcio França, destacou a importância da rebeldia para vencer o autoritarismo crescente no país.

“Foi falado aqui sobre rebeldia, que tem muito a ver com a juventude. Mas ser rebelde também é um estado de espírito. O Suplicy é um rebelde constante. De certa forma, Alckmin, você fez algo rebelde. O que você fez foi didático para o Brasil, porque tem certa hora que precisamos mostrar que tem coisas mais importantes que outras”, falou França, ao ressaltar o ato de Alckmin em trocar de partido para compor a frente ampla para derrotar Bolsonaro nas urnas.

“Os autoritários que são reeleitos tendem a ser mais autoritários ainda, por isso temos que evitar que isso aconteça”, completou o candidato ao Senado, alertando sobre as barbaridades que Bolsonaro pode fazer, agravando a tragédia nacional se for reeleito.

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Também estiveram presentes no ato, Ana Estela Haddad, Lúcia França, Orlando Silva deputado federal do PCdoB, Eduardo Suplicy ex-senador e vereador de São Paulo, Jilmar Tatto representando o PT, Bruna Brelaz presidenta da UNE, Flávia Calé presidenta da ANPG, Jade Beatriz presidenta da Ubes, Carina Vitral ex-presidenta da UNE e da UJS, Alzira Lima representando o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, além de lideranças políticas de diversas partes do Brasil.

Foto: Uise Epitácio